Um problema sério que atinge a pesquisa científica é o viés da publicação. Da mesma forma que ocorre com os tabloídes, os periódicos e os membros das comissões de avaliação gostam de pesquisas que sejam mais “excitantes”. Em geral, isto significa pesquisas em apresentaram um p-valor elevado (vide sobre isto, postagem recente do blog). Caso o resultado não seja “excitante”, os periódicos tendem a não publicar e os avaliadores a questionar a validade do trabalho. Conforme destaca Guerra Pujol, isto gera uma falha de mercado acadêmica, gerando uma superprodução de estudos sensuais.
Para cada estudo que mostra que há uma relação entre gerenciamento de resultado e relatório de auditoria com ressalva temos diversos estudos “entediantes” que mostram que esta relação não existe. Se não sabemos deste estudo, não temos uma ideia real se efetivamente existe uma relação entre gerenciamento e auditoria.
Neste ponto, nós pesquisadores temos uma parcela enorme de culpa. Quando o resultado mostra com pouca significância, tentamos diversas técnicas, buscando um resultado que seja condizente com o que esperamos. E aceitamos que avaliadores descartem nossa pesquisa por não apresentarem resultado “sensuais”.
Uma forma de reduzir este problema é deixar registrado, antes do início da pesquisa, quais os testes serão realizados. Isto evitaria a “dragagem de dados" (ou aqui)
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