A discussão sobre a reprodução de pesquisas na ciência tem mostrado que diversos estudos (aqui, por exemplo) realizados no passado, publicados em periódicos científicos de excelência, apresentaram resultados forçados.
Há alguns anos um erro em uma planilha Excel foi descoberto graças a replicação de um trabalho.
Um texto do The Conversation afirma que a “crise da replicação” é boa para ciência. E apresenta diversos argumentos onde o esforço de replicação pode ajudar no progresso científico.
Alguns periódicos agora exigem que os cientistas disponibilizem seus dados e códigos de computador, o que torna mais provável que outros detectem erros em seu trabalho. Além do mais, alguns cientistas podem agora "pré-registrar" suas hipóteses antes de iniciar seu estudo - o equivalente a chamar sua chance antes de começar.
Combinado com o compartilhamento aberto de materiais e dados, o pré-registro melhora a transparência e a reprodutibilidade da ciência, assegurando que uma fração menor de estudos futuros não seja replicada.
Além disto, a discussão pode fazer com que os pesquisadores tenham uma visão melhor sobre os métodos usados. Recentemente, um grupo de cientistas defendeu o abandono da significância estatística.
A incrível possibilidade de que uma grande fração das descobertas de pesquisas publicadas possa ser apenas casual é exatamente o motivo pelo qual as pessoas falam da crise de replicação. Mas não é realmente uma crise científica, porque a consciência está trazendo melhorias na prática de pesquisa, novos entendimentos sobre inferência estatística e uma apreciação de que descobertas isoladas devem ser interpretadas como parte de um padrão maior.
Em vez de minar a ciência, sinto que isso está reafirmando as melhores práticas do método científico.
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