- Na sexta-feira, a União Européia rejeitou uma lista de países identificados com lavagem de dinheiro e/ou financiamento do terrorismo
- Houve uma pressão para esta rejeição
- Segundo a professora Julia Morse, este tipo de lista funciona
Na sexta-feira passada, os países da União Européia rejeitaram uma lista de países identificados com lavagem de dinheiro e/ou financiamento do terrorismo. Esta lista incluía Irã, Coréia do Norte, Panamá, alguns territórios dos EUA e Arábia Saudita.
Por meio do Grupo de Ação Financeira (GAFI), uma entidade intergovernamental com 38 membros (Brasil inclusive), alguns países estão tentando estabelecer um listagem para forçar alguns países a mudar o comportamento. Eis uma opinião interessante:
Isso dá aos países incentivos para agir rapidamente para mudar as leis e sair da lista. Na minha pesquisa , mostro que a lista negra do GAFI está correlacionada com mudanças significativas nas políticas. Dos mais de 60 países listados desde 2010, mais de 75% restringiram substancialmente suas leis e regulamentações no combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo.
Então, por que os países da UE rejeitaram o plano da comissão? A lista negra da Comissão Europeia foi controversa por várias razões. (...) Mas o maior problema era diplomático. Desde que a comissão anunciou uma lista preliminar em janeiro, a Arábia Saudita tem pressionado membros da UE e ameaçando cancelar contratos lucrativos com alguns países europeus. (...)
Como a lista negra é eficaz, adicionar um país à lista pode ter consequências financeiras imediatas. É por isso que, poucas horas após o anúncio da comissão em fevereiro, o Departamento do Tesouro dos EUA aconselhou os bancos americanos a ignorar a lista. Depois os Estados Unidos se uniram à Arábia Saudita e ao Panamá, fazendo lobby junto aos membros da UE, o fim da lista negra estava praticamente garantido.
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