- O acidente com o avião 737 Max pode exigir uma estimativa de passivo por parte da Boeing
- Este é um valor difícil de ser estimado
- Para complicar, ainda não existe uma comprovação que foi o avião o responsável pelo acidente
Em 2013, o avião Dreamliner, da Boeing, apresentou diversos problemas relacionados com a bateria. A Boeing gastou mais de 20 milhões de dólares e três meses para resolver o problema. Agora, a empresa tem um problema parecido com o 737 Max: em um semestre, dois aparelhos caíram.
Pense no contador da empresa. Como ele poderia estimar os efeitos dos dois acidentes em termos de passivo? O paralelo com o Dreamliner não ajuda muito, pois aqui tem um problema de reputação muito mais sério e o custo de atualização do software do avião - provavelmente o responsável pelo problema - ainda é difícil de calcular.
A receita futura estimada com o Max é de 550 bilhões de dólares, segundo o NY Times. Além disto, o preço das ações caíram 11% desde o acidente. Existe uma estimativa de solução do problema para abril, mas isto pode demorar mais. E quanto maior este tempo, maior o custo.
Ainda segundo o jornal, uma estimativa seria de um gasto de quase 1 bilhão por avião para resolver os problemas. Além disto, algumas empresas podem exigir compensação pelas perdas por manter um jato parado. Há também as ações judiciais das famílias. E os atrasos nas entregas futuras do avião. E talvez os descontos para as empresas aéreas. Outro efeito, seria o cancelamento do pedido de compras, mas neste caso as empresas perderiam um adiantamento de 20% do valor de cada avião; ou seja, este efeita talvez não seja expressivo.
Para complicar, alguns analistas suspeitam que talvez o problema não esteja no avião.Há uma informação que o co-piloto tinha 200 horas de experiência, um tempo curto para a profissão.
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