- O maior banco dinamarquês ajudou a lavar dinheiro através da filiar da Estônia e por este motivo terá 8 meses para abandonar a Estônia
- Recentemente o banco ganhou o prêmio de maior ator corrupto de 2018 da Organized Crime and Corruption Reporting Project
O Danske Bank foi fundado em 1871 e possui sede em Copenhague, Dinamarca. Possui 19 mil empregados e receitas de 48 bilhões de coroas dinamarquesa, algo em torno de 28 bilhões de reais, sendo o maior banco do país. Por operar na região nórdica (Estônia, Letônia, Lituânia, Finlândia e Irlanda do Norte), o Danske está na lista das 500 maiores empresas do mundo da Forbes.
Em 2014, a autoridade de supervisão bancária da Estônia encontrou um grande sistema de violação nas regras de lavagem de dinheiro na filial do banco. A Estônia comunicou as atividades dinamarqueses, mas a investigação começou a envolver autoridades francesas. Como consequência, o executivo do banco renunciou em 2018. Autoridades do Reino Unido e Estados Unidos também começaram a investigar o banco por lavagem de dinheiro.
Em razão disto, o banco recebeu o prêmio de “most corrupted actor” da Organized Crime and Corruption Reporting Project. E esta não é uma honraria qualquer: a lavagem de 230 bilhões de euros foi decisiva para destacar o banco como uma entidade que mais fez para promover a atividade criminosa e a corrupção no mundo. O Danske venceu Putin, Viktor Orban (presidente da Hungria), Mohammed bin Salman (Arábia Saudita) e Trump. O vencedores deste prêmio no passado foram Rodrigo Duterte (2017, presidente da Filipinas), Maduro (2016, presidente da Venezuela), Milo Djukanovic (2015, ex-presidente de Montenegro), Vladimir Putin (2014), parlamento romeno (2013, que tentou descriminalizar o suborno e outras formas de corrupção) e Ilham Aliyev (2012, presidente do Azerbaijão).
O banco não tinha sistema de gerenciamento e controle de risco na Estônia. Em 2013, um funcionário do banco alertou a matriz em Copenhague, mas foi ignorado. Acredita que entre 20 a 80 bilhões de dólares foram retirados da Rússia pelo Danske.
Agora, no final de fevereiro, as autoridades da Estônia deram um prazo de oito meses para o Danske Bank abandonem o país em razão do escândalo de lavagem de dinheiro. Em dezembro, a polícia da Estônia prendeu dez ex-funcionários do banco envolvidos no esquema. Além disto, Kilvar Kessler, o responsável pelo regulador da Estônia, criticou as autoridades dinamarquesas por terem sido “suaves” demais com o banco e não terem impedido o problema. Um fato contábil que confirma a crítica de Kessler: em 2008, a filial da Estônia foi responsável por quase 10% do lucro anual do Danske, sem atrair a atenção dos dinamarqueses.
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