Em geral a justiça pune o corrompido, não o corruptor. O caso da Petrobrás mostra um pouco isto. Enquanto a operação lava-jato já conseguiu punir os funcionários que receberam a propina, alguns dos corruptores ainda estão soltos. Uma razão é que quem desembolsou o dinheiro geralmente possui mais poder para pagar caros advogados para se livrar da prisão. Outra explicação é que muitos criminosos não estão sob a alçada a justiça brasileira. E neste caso, muitas vezes a justiça onde a empresa tem sede não tem muito interesse (ou prioridade) em punir.
Este é o caso de empresas estrangeiras que desembolsaram dinheiro para obter vantagens indevidas. Mas o volume de provas produzidos pela justiça brasileira é tamanho, que muitas vezes a justiça de outros países não podem recursar a possibilidade de punir ou investigar a participação dos conterrâneos. Recentemente, surgiu a notícia que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos está investigando a participação de uma pessoa que atuou em favor de empresas estrangeiras no Brasil, dentro da Petrobras. A notícia é que Rodrigo Berkowitz atuou aceitando milhões em propinas para ele e para outras pessoas.
O depoimento de Berkowitz envolveria as empresas Vitol, Glencore, Trafigura e outras. O volume estimado de pagamento é de pelo menos 31 milhões de dólares para favorecer os negócios destas empresas. Como parte do dinheiro passou por contas correntes nos Estados Unidos, isto permite a investigação da justiça dos EUA.
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