A literatura de cordel é um gênero popular com origem no século XVI. O nome vem da forma como os folhetos eram expostos para venda, pendurados em barbantes. Desde o ano passado, a literatura de cordel é um patrimônio cultural imaterial do Brasil.
Um texto interessante mostra a dificuldade mostra a luta dos autores para manter viva a tradição da literatura de cordel. O texto descreve as perseguições e os problemas de manter o acervo produzido durante muito tempo. Também mostra como a migração interna, ocorrida no Brasil, foi importante para a divulgação deste tipo de literatura. Há anos conheço o "seu Manoelzinho", que produz cordel e lançou livro com este tipo de poesia.
Um ponto importante é a questão da produção e reprodução impressa da literatura. Veja um trecho onde se comenta a questão do custo de produção e reprodução da literatura e sua evolução recente:
Na tentativa do cordel de sobreviver, os poetas buscaram, ao longo das décadas, diferentes maneiras de concretizar seu trabalho. Inicialmente, os folhetos eram impressos em gráficas nas capitais e pequenas tipografias em cidades do interior. Com a proliferação de jornais e a diminuição do custo dos equipamentos, alguns poetas adquiriram suas próprias máquinas, ganhando autonomia no processo de produção e, consequentemente, de divulgação do trabalho. Entre 1910 e 1960, inicialmente no Nordeste, e depois com a circulação do cordel por outras regiões do país, constituiu-se uma rede de produção e venda que permitiu a autores e editores sobreviver dos folhetos.
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