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14 dezembro 2018

BES: mais um capítulo

O Banco Espírito Santo ou BES foi fundado em 1869 e chegou a ser a segunda maior instituição financeira portuguesa privada em ativos. Em 2013, quando era presidido pelo neto do fundador, Ricardo Salgado, o BES divulgou um prejuízo de 95 milhões de euros. Em 2014, a auditoria mostrou irregularidades nas contas e alertou para situação do banco. No meio daquele ano, o banco informou a existência de ativos de baixa qualidade no valor de 4 bilhões de euros. Suas ações caíram de 1,05 euro para 0,17. Em agosto, o Banco de Portugal injetou quase 5 bilhões de euros, encampando o banco. Os ativos de boa qualidade foram usados para constituir o Novo Banco; os ativos de baixa qualidade permaneceram no BES. E mesmo o Novo Banco não tem apresentado um desempenho adequado.

Desde 2002 a KPMG era a empresa responsável pela auditoria do BES. E somente em 2014 que a empresa de auditoria percebeu os problemas do BES. Mas durante mais de vinte anos, o BES manteve uma contabilidade paralela, segundo os documento do Panamá Papers.

Agora um conjunto de pessoas que se sentiram levadas com o BES entraram na justição pedidndo um 500 milhões de euros dos antigos dirigentes do BES e da empresa de auditoria, a KPMG. O volume é bem superior ao que geralmente é pago por empresas de auditoria envolvidas em escândalos contábeis. (Imagem, fonte aqui)

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