O chefão da Apple levanta-se às 3h45 para ler e responder e-mails. Mas pensem um pouco em seus assessores, cujos iPhones começam a zumbir às 4h. Alguns talvez tenham a ousadia de continuar cochilando durante o telefonema, mas a maioria vai se sentir culpada se não responder imediatamente. Pessoas altamente eficientes costumam castigar indefesos subordinados com suas idiossincrasias.
Talvez um dos objetivos das biografias e artigos elogiosos seja o de induzir leitores a imitar os métodos de trabalho de líderes. Ninguém, porém vai entrar na lista dos “500 maiores” da SP apenas por seguir tais exemplos. Tudo que este colunista conseguiria levantando-se às 3h35 seria levar a esposa a pedir o divórcio.
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Além disto, não existe um padrão. Se Tim Cook acorda antes das 4, Bezos só começa a trabalhar as 10. Mas, como ressalta o texto, as pessoas querem descobrir a chave do sucesso com esses líderes, lendo as histórias daqueles que conseguiram sucesso em busca de inspiração. Mas, como diz o texto, nenhum executivo gosta de admitir que na sexta de noite come pizza e assiste o Ratinho. É mais cool afirmar que meditam ou aproveitam para ler um bom livro.
Muitos perfis de executivos assemelham-se às vidas de santos (...) recebendo ações em lugar de pontos na canonização.
A questão é que certas excentricidades pode colocar em risco a empresa:
E o excesso de franqueza de Gerald Ratner o arruinou quando disse que sua rede de joalherias vendia “porcarias”.
Hobbies também podem ser destrutivos. Quando o banco de investimentos Bear Starns estava em vias de quebrar, Jimmy Cayne, seu principal executivo, curtia sua paixão por bridge em Nashville, não sendo alcançado por telefonemas e e-mails.
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