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31 outubro 2018

Pesadelo da GE

Ontem a General Electric anunciou a redução dos dividendos que serão distribuídos para os acionistas, de 12 centavos de dólar para 1 centavo. Ao mesmo tempo, a empresa comunicou que a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, a SEC, e o Departamento de Justiça expandiram as investigações sobre a contabilidade da empresa, para incluir uma baixa contábil, anunciada na terça. Com a divulgação, as ações da empresa caíram na Bolsa, chegando ao menor nível em nove anos. A empresa apresentou um prejuízo de 22,8 bilhões de dólares no terceiro trimestre, um dos maiores da história. No ano, a soma de amortizações chegou a mais de 40 bilhões.

O resultado divulgado é o primeiro sob a gestão de Larry Culp. A centenária GE é decadente. Até o século passado, quando era gerida pelo CEO celebridade Jack Welch, a empresa era uma das mais admiradas do mundo e chegou a ser a maior empresa do mundo em valor de mercado. Atualmente é 52a. A força da GE estava nos serviços financeiros. Quando ocorreu a crise financeira de 2008, a empresa estava exposta. O sucessor de Welch, Jeff Immelt, tentou fazer a transição da empresa, mas os investidores forçaram sua saída, sendo substituído por John Flannery, que por sua vez foi demitido no início de outubro. Com menos de um mês no cargo, Larry Culp sinalizou medidas pesadas para tentar recuperar a empresa. O corte de dividendos irá economizar 4 bilhões de desembolso por ano. O novo executivo pretende reduzir o endividamento e tentar arrumar a problemática divisão de Energia.

No ano passado a empresa afirmou que a SEC estava investigando a sua contabilidade no que se refere aos contratos de serviço. Agora a investigação foi expandida para incluir a baixa de um ágio. Há uma ação de acionistas que acusa a empresa de manipular os resultados

Para complicar, as agências de ratings pioraram a nota da empresa, o que aumenta as despesas financeiras e aumentando a chance de um lançamento de novas ações. Há também um temor que não seja feito distribuição de dividendos, uma tradição da empresa, que paga dividendos desde os anos 30. Finalizando, as receitas da empresa cairam 4%

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