No final de 2017, o autor desta postagem criou dois cursos à distância para o Ministério do Trabalho. Trata-se de uma iniciativa do governo em proporcionar ao desemprego uma oportunidade de ter acesso a reciclagem de conhecimento. O número de pessoas que se interessaram em fazer um dos 25 cursos que foram disponibilizados chegou a mais de 300 mil em menos de um ano. Além do fato de ser gratuito, em alguns programas sociais do governo exige-se que o desemprego busque o aprimoramento dos seus conhecimentos. Até a criação dos cursos, a maior saída do desempregado tem sido os cursos oferecidos pelo Sistema S.
Ainda não existe uma pesquisa indicando se estes cursos funcionam ou não, mas a proposta mais recente do governo tem como característica o baixo custo por aluno. Um aspecto interessante é que o custo é basicamente fixo e quanto maior o número de alunos, menor o custo por aluno. Provavelmente é a alternativa mais barata já criada pelo Ministério para qualificação do desempregado.
Apesar da divulgação, o número de inscritos ainda é reduzido. Foram mais de dois milhões de empregados que perderam seu posto desde o início da recessão. E estes são dados oficiais, do próprio Ministério do Trabalho. Uma explicação é que o desempregado não está procurando uma nova vaga; assim, fazer um curso de qualificação, como este, só será interessante para àquele que deseja voltar ao mercado de trabalho.
Outra possível explicação é a falta de divulgação. Neste sentido, uma pesquisa realizada nos Estados Unidos mostrou que a divulgação de informação encoraja o adulto a voltar para à escola. No gráfico, a linha pontilhada mais clara são das pessoas com seguro-desemprego que receberam informação sobre o custo e benefício da educação. Com esta informação, aumentaram as chances do trabalhador fazer uma matrícula na escola; para os que não receberam a informação - linha pontilhada mais escura - a chance de se interessar pela educação é mais reduzida.
É a força da informação.
Para quem se interessar pelo programa do governo, clique aqui
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