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22 setembro 2018

Emprego no setor: Agosto

Nesta semana, o presidente Temer fez questão de anunciar que o número de contratados na economia superou os demitidos em 110 mil. Para um governo que está sendo atacado por todos os lados, o resultado é uma comprovação que o Brasil, se não deixou a recessão, pelo menos não piorou. Este seria o segundo melhor mês do seu governo, que em termos acumulados tem uma marca negativa de 534 mil empregos destruídos.

Se a economia vai bem, isto é bom para os profissionais contábeis? Infelizmente não. Para uma profissão que se orgulhava de dizer que não falta emprego, o mês de agosto não foi o pior, ainda assim o saldo foi negativo: foram contratados 9.855 profissionais e demitidos 10.369, o que significa uma destruição de 514 vagas. Em termos acumulados, desde janeiro de 2014, menos 40 mil.

A relação entre o setor contábil e a economia como um todo fica melhor visualizada no gráfico abaixo.

Neste gráfico o ponto de partida é janeiro de 2014, quando a economia começou uma das maiores recessões da história (se não tiver sido a maior). Os dados de emprego formal em vermelho são de todos as profissões. É possível observar que depois de uma brutal recessão do governo Dilma (e do início do governo Temer), os empregos formais aumentaram de janeiro de 2017 para cá. De azul, as funções relacionadas com a contabilidade, o que inclui auditores, contadores, técnicos e escriturários. Enquanto a um início de recuperação na economia, a crise persiste na contabilidade.

Os dados também mostram que a redução no número de vagas formais em agosto ocorreu principalmente entre os trabalhadores com o ensino médio completo e entre os contadores e auditores.

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