Analisando a situação estrutural do Brasil, Margolis, da Bloomberg, comenta sobre a dificuldade de abrir um negócio no país, a burocracia imensa, a judicialização excessiva, entre outros aspectos. Em berço esplêndido (foto). E conclui:
Estranhamente, o até agora campo lotado de candidatos tem sido silencioso ou evasivo nas reformas estruturais impopulares necessárias para tornar o Brasil mais competitivo. Uma razão pode ser que muitas das reformas vitais para reiniciar a economia são politicamente tóxicas. O abandono dos subsídios corporativos e a redução das tarifas comerciais ameaçam as companhias nacionais carcomidas, enquanto a privatização de empresas estatais deficitárias irrita grandes sindicatos do setor público. E a maioria dos candidatos se esquiva de confrontar com funcionários públicos de elite que relutam em abrir mão de um sistema previdenciário que permite que eles se aposentem aos 50 anos com salário integral.
De fato, a democracia é um grande inconveniente para a "necessária" implementação do receituário neoliberal. Deveríamos restringir o direito ao voto a banqueiros e prepostos do sistema financeiro, assim o desmonte do Estado, o desmanche da indústria nacional e a entrega do controle sobre recursos estratégicos do país à banca internacional poderiam continuar sendo conduzidos de maneira "técnica", sem as indevidas influências "políticas".
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