Um estudo analisou mais de dois mil jogos de futebol da UEFA para verificar se "jogar com dez é melhor". Há um mito que quando um time tem um jogador expulso, os outros jogadores fazem um esforço substancial para suprir a ausência do colega, trazendo um resultado melhor.
Descobrimos que quando as equipes da casa recebem um cartão vermelho, isso prejudica suas probabilidades de gol e de vitória. Por outro lado, um cartão vermelho para as equipes visitantes pode ter um efeito positivo, negativo ou neutro, dependendo do tempo da expulsão do jogador.
O que eu achei interessante é que a pesquisa possui um modelo econométrico, uma boa análise dos dados e está postada em um lugar de boa reputação (o IZA). São três autores de uma das maiores universidades belgas (Ghent University)
O trabalho tem uma introdução, uma seção de método, os resultados e a conclusão. Não há uma discussão sobre a teoria que poderia justificar os resultados da pesquisa. Fica a pergunta: há um problema aqui ou esta é a forma de pesquisa do futuro.
(Esta postagem é uma grande provocação aos pesquisadores que gostam de uma teoria)
Na maioria das áreas que tem pesquisa empírica como base forte, a parte de referencial teórico não aparece.
ResponderExcluirEm áreas como contabilidade e administração isto é uma prática comum.
Acho que o problema não é ter essa parte no trabalho, mas sim que os trabalhos não apresentam uma boa discussão teórica, somente uma "lista" de citações sem que elas dialoguem entre si.