“A profissão de auditoria vive a pressão permanente de aumentar a capacidade de análise de informação, de melhorar a forma como testa os dados recolhidos e de encontrar novas formas de desafiar os pressupostos que lhe são apresentados”, defende Rui Martins, Assurance Leader da EY. O responsável evidencia assim a existência de uma pressão que tem tendência a acentuar-se com o aumento da sofisticação dos modelos de negócio dos clientes, a adoção massiva de novas tecnologias e o próprio ritmo de mudança dos mercados.
“É importante ter presente que o auditor não é imune a situações de fraude e que, apesar de receber do seu cliente a confirmação de que lhe foi transmitida toda a informação relevante para formar a sua opinião, há casos em que isso poderá nem sempre ter acontecido”, afirma Rui Martins.
Assim, as novas regras também vieram impor responsabilidade acrescida aos órgãos de fiscalização, sobre os quais impende a responsabilidade de selecionar os auditores, sendo que, enquanto profissão regulada, cada anomalia detetada serve para identificar novos mecanismos de salvaguarda, para melhorar a qualidade das auditorias e a independência do auditor. Aliás, frisa, “estas foram também algumas das motivações que levaram às recentes alterações na legislação, que acreditamos ser um fator no sentido da mitigação destes riscos e um motivo adicional para confiança dos mercados no papel do auditor externo”.
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