Sobre as demonstrações contábeis dos Correios, alguns breves comentários:
1) As demonstrações foram auditadas pela BDO que deu um parecer com ressalvas.
2) Além disto, o parecer destaca a incerteza sobre a continuidade operacional da empresa. Ademais, a empresa afirma que a continuidade depende de aporte do controlador.
3) Sobre os números, o destaque foi a questão dos benefícios pós-emprego. No balanço, representou um passivo de 2 bilhões de reais a menos, o que reverteu o PL negativo que existia no exercício anterior. Isto também fez com que a empresa tivesse lucro operacional, em lugar de prejuízo. E mesmo o resultado abrangente foi melhor em mais de 2,5 bilhões.
4) Se o lucro melhorou, a capacidade da empresa em gerar caixa com as atividades operacionais piorou em 2017 em R$448 milhões.
5) De igual modo, piorou o caixa de investimento (em razão das aplicações financeiras) e financiamento. Assim, a empresa teve uma variação de Caixa e Equivalentes de 1,34 bilhão, negativo. Era 1,689 em 31/12/2016 e passou para 0,347.
Assim, não existe motivo para comemorar: parecer com ressalva, resultado dependendo de um lançamento não recorrente, não geração de caixa operacional, queima de caixa, ...
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