Um novo estudo sobre satisfação com a vida abrangendo sete enormes pesquisas a mais de 1,3 milhões de pessoas numa amostra aleatória em 51 países diferentes, mostra que a felicidade segue uma forma em U ao longo de uma vida: a maioria das pessoas identificam altos graus de felicidade no final da adolescência e início dos 20 anos, seguidas por uma fase em que se se tornam cada vez mais infelizes – a tingindo o ponto mais baixo na satisfação com a vida por volta dos 50 anos – para finalmente recuperarem a capacidade de serem felizes.
O estudo, dado a conhecer pelo World Economic Fomrum, adianta que perguntou sobre a felicidade de formas diferentes, mas as respostas tendem sempre para o mesmo padrão: a forma em U.
A juventude e a velhice são períodos de relativa felicidade, conclui o estudo, enquanto a meia-idade aparenta ser o pior período da vida – que na maioria dos casos ‘bate no fundo’ por volta dos 50 anos.
Estas semelhanças são ainda mais notáveis, dadas não apenas as diferenças dos inquéritos mas também a extensão das geografias em que foram efetuados. Os dados incluem o Inquérito Social Geral (54 mil inquiridos americanos), o Inquérito Social Europeu (316 mil inquiridos em 32 países europeus) e o inquérito da Understanding Society (416 mil inquiridos na Grã-Bretanha), entre outros.
Note-se que o pior período da vida das pessoas não tem nada a ver, ou pode não ter, com miséria, dificuldades financeiras, desemprego, ou outro drama pessoal qualquer. “Há uma evidência em que os seres humanos experimentam uma meia-idade psicológica em baixo. As causas exatas não são totalmente claras. Uma explicação comum é que em países ricos a meia-idade é entre o final dos 40 anos e início dos 50, altura em que estão frequentemente no auge das suas carreiras (com todas as dores de cabeça que isso acarreta), e muitas estão a lidar com crianças adolescentes indisciplinadas”, afirma o estudo.
Há também algum desacordo sobre a universalidade da curva de felicidade em forma de U. Os analistas que investigaram as tendências encontraram variações diferentes na curva, particularmente entre nações menos ricas.
Ainda assim, os autores do estudo afirmam que as provas que já reuniram são uma ótima ferramenta de trabalho para psicólogos e economistas.
Fonte: Aqui
30 junho 2018
Mudança no trabalho
Dados de 1950 até os dias atuais mostram, nos EUA, que a mudança no mercado de trabalho fez com que as mulheres ficassem mais felizes e menos cansadas
29 junho 2018
Inscrição e cancelamento de Restos a Pagar
Entenda quais são as mudanças promovidas pelo Decreto de Restos a Pagar - Decreto 9.428:
A mudança na sistemática de inscrição e cancelamento de Restos a Pagar (RAP) publicada hoje no DOU representa um grande avanço na melhoria do controle do saldo de RAP, que cresceu muito após 2008, tornando-se quase um orçamento paralelo. No final de 2017, o saldo de restos a pagar não processados e não liquidados somava R$ 128 bilhões. Mais da metade do investimento público da União no ano se dá por meio de pagamento de restos a pagar.
Há dois tipos de Restos a Pagar (RAP): os processados e os não processados. O RAP processado refere-se a despesas que foram empenhadas e liquidadas, mas ainda não foram efetivamente pagas. O ordenador da despesa reconheceu que o serviço foi prestado ou que o investimento foi realizado, mas ainda não teve o saque na conta única do Tesouro. O saldo de RAP processado não cresce muito ao longo dos anos.
O segundo tipo é o RAP não processado, quando a despesa do orçamento do ano foi empenhada, mas não foi liquidada e nem paga. Neste caso, quando termina o ano, uma despesa que está apenas empenhada e não é cancelada se transforma em RAP não processado. É esse segundo tipo de RAP que tem crescido substancialmente ao longo dos anos.
No final de 2017, o saldo de RAP não processado foi de R$ 128 bilhões, ante R$ 55 bilhões no final de 2007. Esse saldo já chegou a ser de R$ 190 bilhões, no final de 2014, em decorrência, entre outras, do acúmulo de subsídios devidos pelo Tesouro Nacional a bancos públicos.
A mudança na sistemática de inscrição e cancelamento de Restos a Pagar (RAP) publicada hoje no DOU representa um grande avanço na melhoria do controle do saldo de RAP, que cresceu muito após 2008, tornando-se quase um orçamento paralelo. No final de 2017, o saldo de restos a pagar não processados e não liquidados somava R$ 128 bilhões. Mais da metade do investimento público da União no ano se dá por meio de pagamento de restos a pagar.
Há dois tipos de Restos a Pagar (RAP): os processados e os não processados. O RAP processado refere-se a despesas que foram empenhadas e liquidadas, mas ainda não foram efetivamente pagas. O ordenador da despesa reconheceu que o serviço foi prestado ou que o investimento foi realizado, mas ainda não teve o saque na conta única do Tesouro. O saldo de RAP processado não cresce muito ao longo dos anos.
O segundo tipo é o RAP não processado, quando a despesa do orçamento do ano foi empenhada, mas não foi liquidada e nem paga. Neste caso, quando termina o ano, uma despesa que está apenas empenhada e não é cancelada se transforma em RAP não processado. É esse segundo tipo de RAP que tem crescido substancialmente ao longo dos anos.
No final de 2017, o saldo de RAP não processado foi de R$ 128 bilhões, ante R$ 55 bilhões no final de 2007. Esse saldo já chegou a ser de R$ 190 bilhões, no final de 2014, em decorrência, entre outras, do acúmulo de subsídios devidos pelo Tesouro Nacional a bancos públicos.
Saldo de Restos a Pagar Processados e Não Processados – valores correntes – R$ bilhões
O problema com um saldo de mais de R$ 100 bilhões de RAP não processado é que, além de parte dessas despesas empenhadas concorrerem com o orçamento do ano, há ainda o agravante que muitas vezes essa despesas não são executadas (liquidadas) e não há um critério estabelecido de cancelamento desses RAPs.
A regra geral de bloqueio para RAP não processado é que, se a despesa não foi liquidada até 1 ano e meio depois de sua inscrição, aquele empenho seria bloqueado. Posteriormente, o ministério poderia desbloquear o empenho, alegando que a obra seria executada e, se não fosse, não havia regra alguma para cancelamento dessa despesa, que poderia passar anos como RAP não processado. Adicionalmente, a legislação que estava em vigor abria exceções para o bloqueio de RAP não processado para as despesas do PAC, saúde e educação.
Em resumo, pelas regras que estavam em vigor até o início de junho de 2018, era muito difícil o governo controlar o crescimento do saldo de RAP não processados e diversos projetos de investimento que nem mesmo começaram depois de vários anos da sua aprovação no orçamento.
Toda essa sistemática de inscrição, bloqueio e cancelamento de restos a pagar muda com a publicação do Decreto 9.428 da Presidência da República de 28 de junho de 2018. As principais mudanças foram três.
Primeiro, a única exceção para regra de bloqueio para RAP não processado que não foram liquidados depois de 1 ano e meio de sua inscrição passam a ser os gastos com saúde e emendas individuais impositivas. Até então entravam nessa exceção as despesas empenhadas do PAC e do Ministério da Educação (§ 3o Art. 68 modificado pelo Art. 1o do Decreto 9.428).
O RAP não processado dessas duas despesas (saúde e emendas individuais impositivas) são em geral RAP que não são passíveis de cancelamento, pois apesar da despesa não ter sido liquidada e paga no ano de sua aprovação no orçamento, elas foram computadas como despesas obrigatórias no ano em que ocorreu o empenho.
Segundo, antes não existia uma regra de cancelamento de RAP não processados que foi bloqueado e, posteriormente, desbloqueado pelos ministérios setoriais. A partir do Decreto 9.428, se houver desbloqueio de RAP não processado, mas não houver liquidação em até 1 ano e meio após o seu bloqueio, eles serão automaticamente cancelados (§ 7o Art. 68 modificado pelo Art. 1o do Decreto 9.428).
Por exemplo, em meados de junho de 2018, o saldo de RAP não processado era de R$ 78,4 bilhões, dos quais R$ 42,7 bilhões eram de RAP não processados (empenhos) dos orçamentos de 2007 a 2016 que não haviam sido ainda liquidados. Desse total, o que não for liquidado até o final de 2019 deverá ser automaticamente cancelado, o que hoje significaria um cancelamento potencial de até R$ 42,7 bilhões de RAP no final de 2019.
Terceiro, a partir da publicação do Decreto 9.428, o Ministro da Fazenda passa a ter o poder de limitar a inscrição de Restos a Pagar de todos os ministérios setoriais. O estabelecimento de um limite de inscrição de RAP pelo Ministro da Fazenda passa a ser possível, mas não é obrigatório. O objetivo dessa decisão é controlar não apenas o saldo de RAP, mas também ter um instrumento em caso de risco de descumprimento do Art. 42 da LRF, que estabelece que o saldo de RAP no término de um mandato deve ser compatível com o caixa que o governo deixa para o seu pagamento (Art. 68-A modificado pelo Art. 1o do Decreto 9.428).
A regra geral de bloqueio para RAP não processado é que, se a despesa não foi liquidada até 1 ano e meio depois de sua inscrição, aquele empenho seria bloqueado. Posteriormente, o ministério poderia desbloquear o empenho, alegando que a obra seria executada e, se não fosse, não havia regra alguma para cancelamento dessa despesa, que poderia passar anos como RAP não processado. Adicionalmente, a legislação que estava em vigor abria exceções para o bloqueio de RAP não processado para as despesas do PAC, saúde e educação.
Em resumo, pelas regras que estavam em vigor até o início de junho de 2018, era muito difícil o governo controlar o crescimento do saldo de RAP não processados e diversos projetos de investimento que nem mesmo começaram depois de vários anos da sua aprovação no orçamento.
Toda essa sistemática de inscrição, bloqueio e cancelamento de restos a pagar muda com a publicação do Decreto 9.428 da Presidência da República de 28 de junho de 2018. As principais mudanças foram três.
Primeiro, a única exceção para regra de bloqueio para RAP não processado que não foram liquidados depois de 1 ano e meio de sua inscrição passam a ser os gastos com saúde e emendas individuais impositivas. Até então entravam nessa exceção as despesas empenhadas do PAC e do Ministério da Educação (§ 3o Art. 68 modificado pelo Art. 1o do Decreto 9.428).
O RAP não processado dessas duas despesas (saúde e emendas individuais impositivas) são em geral RAP que não são passíveis de cancelamento, pois apesar da despesa não ter sido liquidada e paga no ano de sua aprovação no orçamento, elas foram computadas como despesas obrigatórias no ano em que ocorreu o empenho.
Segundo, antes não existia uma regra de cancelamento de RAP não processados que foi bloqueado e, posteriormente, desbloqueado pelos ministérios setoriais. A partir do Decreto 9.428, se houver desbloqueio de RAP não processado, mas não houver liquidação em até 1 ano e meio após o seu bloqueio, eles serão automaticamente cancelados (§ 7o Art. 68 modificado pelo Art. 1o do Decreto 9.428).
Por exemplo, em meados de junho de 2018, o saldo de RAP não processado era de R$ 78,4 bilhões, dos quais R$ 42,7 bilhões eram de RAP não processados (empenhos) dos orçamentos de 2007 a 2016 que não haviam sido ainda liquidados. Desse total, o que não for liquidado até o final de 2019 deverá ser automaticamente cancelado, o que hoje significaria um cancelamento potencial de até R$ 42,7 bilhões de RAP no final de 2019.
Terceiro, a partir da publicação do Decreto 9.428, o Ministro da Fazenda passa a ter o poder de limitar a inscrição de Restos a Pagar de todos os ministérios setoriais. O estabelecimento de um limite de inscrição de RAP pelo Ministro da Fazenda passa a ser possível, mas não é obrigatório. O objetivo dessa decisão é controlar não apenas o saldo de RAP, mas também ter um instrumento em caso de risco de descumprimento do Art. 42 da LRF, que estabelece que o saldo de RAP no término de um mandato deve ser compatível com o caixa que o governo deixa para o seu pagamento (Art. 68-A modificado pelo Art. 1o do Decreto 9.428).
Teste de Stress nos Bancos
Sobre o teste de stress (e após o resultado do Deutsche Bank nos EUA), comentários da Bloomberg:
Os bancos geralmente têm duas maneiras de absorver perdas - reservas para perdas de empréstimos, provisões e capital. Enquanto os bancos separam as contas em suas demonstrações financeiras e em registros regulatórios, o dinheiro é realmente o mesmo. As pessoas geralmente pensam em provisões e capital, como dinheiro que o banco escondeu para cobrir perdas, em um lugar seguro, sem ser tocado. Na realidade, nada é menos verdadeiro; todo esse dinheiro circula pelo banco. A grande diferença tem a ver com a contabilidade. (...)
Não obstante, os testes de estresse - na verdade, todo o regime regulatório da crise pós-financeira - enfatizaram muito o capital. Há uma razão para isso. O capital é mais flexível e pode ser aplicado a qualquer perda do banco. As provisões têm de ser designadas, não apenas para perdas com empréstimos, mas para os tipos específicos de empréstimos potencialmente ruins que foram reservados para cobrir.
Essa ênfase teve o efeito desejado. Os bancos têm muito mais capital do que antes da crise financeira. As contas provisionais, por outro lado, são tão superficiais quanto eram antes da crise. As regras contábeis também podem limitar a quantidade de bancos que podem receber provisões.
Uma conseqüência não intencional é que, embora os testes de estresse tenham tornado os bancos mais seguros em geral, eles podem estar tornando seus ganhos mais incertos para os investidores.
Os bancos geralmente têm duas maneiras de absorver perdas - reservas para perdas de empréstimos, provisões e capital. Enquanto os bancos separam as contas em suas demonstrações financeiras e em registros regulatórios, o dinheiro é realmente o mesmo. As pessoas geralmente pensam em provisões e capital, como dinheiro que o banco escondeu para cobrir perdas, em um lugar seguro, sem ser tocado. Na realidade, nada é menos verdadeiro; todo esse dinheiro circula pelo banco. A grande diferença tem a ver com a contabilidade. (...)
Não obstante, os testes de estresse - na verdade, todo o regime regulatório da crise pós-financeira - enfatizaram muito o capital. Há uma razão para isso. O capital é mais flexível e pode ser aplicado a qualquer perda do banco. As provisões têm de ser designadas, não apenas para perdas com empréstimos, mas para os tipos específicos de empréstimos potencialmente ruins que foram reservados para cobrir.
Essa ênfase teve o efeito desejado. Os bancos têm muito mais capital do que antes da crise financeira. As contas provisionais, por outro lado, são tão superficiais quanto eram antes da crise. As regras contábeis também podem limitar a quantidade de bancos que podem receber provisões.
Uma conseqüência não intencional é que, embora os testes de estresse tenham tornado os bancos mais seguros em geral, eles podem estar tornando seus ganhos mais incertos para os investidores.
Alemanha ainda vive
A eliminação da Alemanha da fase de grupos da Copa do Mundo é uma ruptura notável com a história. A Alemanha chegou à elite dos oito melhores de cada Copa do Mundo desde 1966. A Alemanha apareceu em sete das últimas treze finais da Copa do Mundo e ganhou três vezes. Ainda mais notável, a final da Copa do Mundo em 15 de julho será apenas a segunda, desde 1966, que não inclui a Alemanha, a Itália ou a Holanda. Pelo menos uma dessas equipes chegou às quartas de final (ou equivalente, dado que o formato da competição mudou) nas últimas 13 Copas do Mundo; e pelo menos duas chegaram a essa fase em dez das treze ocasiões; e em três ocasiões todas as três estiveram nas quartas de final. No entanto, este ano a Itália e a Holanda nem se qualificaram para a competição e a Alemanha ficou em último lugar do seu grupo depois de perder dois dos três jogos.
Embora essas três equipes européias tenham saido mal na Copa do Mundo, o resto da Europa prosperou. Três quartos das vagas nas oitavas de final foram ocupadas por equipes européias. Até agora, as equipes européias perderam apenas sete dos 30 jogos disputados contra adversários não europeus. Estas derrotas são as da Alemanha, assim como as derrotas da Islândia, Rússia, Sérvia e duas também da Polônia. No entanto, a Islândia conseguiu um empate contra a Argentina e a Suíça contra o Brasil. Igualmente surpreendente, a Croácia derrotou a Argentina por 3-0. Tratando os empates como meia vitória, a porcentagem de vitórias da Europa nesta Copa do Mundo é de 68%, a América do Sul é de 63% e nenhum outro continente está acima de 33%.
Esse domínio não é novidade. As Confederações da Europa e da América do Sul sempre dominaram a Copa do Mundo. Desde 1950, nenhum estrangeiro já chegou à final da Copa do Mundo, apenas uma equipe chegou à semifinal (Coréia do Sul em 2002) e apenas nove equipes chegaram às quartas de final (7% do total). Na década de 1960, apenas cerca de 10% das vagas no torneio eram para estas nações estrangeiras [fora da Europa e América do Sul], mas desde então sua participação total subiu para cerca de 40% (nesta Copa 13 das 32 vagas foram para as outras três confederações: Ásia, África e América do Norte / Central). Na próxima rodada da Copa [da Rússia] haverá apenas dois (13%) - México e Japão - nenhum dos quais, se as casas de apostas estiverem corretas, deverão chegar às quartas de final. Pela primeira vez desde que as oitavas-de-final foram inauguradas em 1986, nenhuma nação africana chegou a esse estágio.
Assim, por um lado, a periferia da Europa parece estar se saindo melhor do que seu eixo historicamente dominante, enquanto os países tradicionalmente dominantes parecem entrincheirados. Como podemos explicar isso? Em pesquisa conjunta com Melanie Krause, da Universidade de Hamburgo, usando dados sobre cerca de 27.000 partidas internacionais de futebol disputadas entre 1950 e 2014, descobrimos que há uma tendência das nações mais fracas alcançarem as nações mais fortes - análogo à noção econômica de convergência. Assim como as nações mais pobres podem alcançar as nações mais ricas por meio de um programa de investimento e imitação, as nações mais fracas do futebol podem alcançar as mais fortes investindo em habilidades básicas. De fato, enquanto as evidências de convergência entre as economias internacionais são irregulares, as evidências para as nações no futebol são realmente muito fortes.
No entanto, também descobrimos que existe o que alguns economistas chamam de “armadilha de renda média”. Quando se trata da economia nacional, o que eleva seu nível de vida de baixo para o meio (investimento de grande escala no capital para tornar os trabalhadores mais produtivos) é diferente do que o eleva do meio para o topo (inovação e criatividade). Muitas nações de renda média parecem achar difícil fazer a transição. Assim também parece ser com o futebol: os países mais fracos podem eliminar erros básicos, mas o desenvolvimento de talentos de classe mundial tem se mostrado elusivo. Enquanto a Europa e a América do Sul estavam regularmente jogando futebol internacional e desenvolvendo infra-estruturas de liga nacional na época da Primeira Guerra Mundial, a maioria dos outros continentes não começou a fazer isto a sério até depois da Segunda Guerra Mundial.
Ser o primeiro nem sempre funciona - já não há quase nenhuma fábrica têxtil em Lancashire, Detroit há muito tempo perdeu o domínio da indústria automobilística e os vinhos franceses não são o que eram. Mas quando os primeiros impulsionadores também criam uma rede, a vantagem pode ser auto-sustentável. Pense nos mercados financeiros de Londres e Nova York ou na indústria de tecnologia no vale do silício. Barings e Lehman Brothers podem ter deixado de existir e a IBM pode ser uma sombra da empresa que era, mas as empresas que cresceram em torno delas prosperaram. A mesma coisa parece estar acontecendo no futebol europeu. Na década de 1960, a Alemanha, a Itália e a Holanda estabeleceram-se como o núcleo do futebol europeu - a maior parte da inovação e criatividade veio dessas três nações. Ao longo dos anos, outros países europeus se beneficiaram da exposição constante - seja na competição ou contratando jogadores e treinadores para as equipes em suas próprias ligas nacionais. Os países da Europa Central, como a Croácia, que foram atingidos por convulsões políticas no século XX, puderam ressurgir e se integrar ao sistema europeu. A Espanha, cuja equipe nacional há muito tempo teve um mau desempenho, foi atraída mais de perto pela rede européia. Até mesmo a insular Inglaterra começou a se sentir mais cosmopolita.
Assim, os alemães, holandeses e italianos podem ficar decepcionados com sua exibição nesta Copa do Mundo, mas podem razoavelmente afirmar que seu espírito vive nas outras nações européias. E, de qualquer maneira, se a história é alguma coisa, eles logo voltarão.
Stefan Szymanski
Embora essas três equipes européias tenham saido mal na Copa do Mundo, o resto da Europa prosperou. Três quartos das vagas nas oitavas de final foram ocupadas por equipes européias. Até agora, as equipes européias perderam apenas sete dos 30 jogos disputados contra adversários não europeus. Estas derrotas são as da Alemanha, assim como as derrotas da Islândia, Rússia, Sérvia e duas também da Polônia. No entanto, a Islândia conseguiu um empate contra a Argentina e a Suíça contra o Brasil. Igualmente surpreendente, a Croácia derrotou a Argentina por 3-0. Tratando os empates como meia vitória, a porcentagem de vitórias da Europa nesta Copa do Mundo é de 68%, a América do Sul é de 63% e nenhum outro continente está acima de 33%.
Esse domínio não é novidade. As Confederações da Europa e da América do Sul sempre dominaram a Copa do Mundo. Desde 1950, nenhum estrangeiro já chegou à final da Copa do Mundo, apenas uma equipe chegou à semifinal (Coréia do Sul em 2002) e apenas nove equipes chegaram às quartas de final (7% do total). Na década de 1960, apenas cerca de 10% das vagas no torneio eram para estas nações estrangeiras [fora da Europa e América do Sul], mas desde então sua participação total subiu para cerca de 40% (nesta Copa 13 das 32 vagas foram para as outras três confederações: Ásia, África e América do Norte / Central). Na próxima rodada da Copa [da Rússia] haverá apenas dois (13%) - México e Japão - nenhum dos quais, se as casas de apostas estiverem corretas, deverão chegar às quartas de final. Pela primeira vez desde que as oitavas-de-final foram inauguradas em 1986, nenhuma nação africana chegou a esse estágio.
Assim, por um lado, a periferia da Europa parece estar se saindo melhor do que seu eixo historicamente dominante, enquanto os países tradicionalmente dominantes parecem entrincheirados. Como podemos explicar isso? Em pesquisa conjunta com Melanie Krause, da Universidade de Hamburgo, usando dados sobre cerca de 27.000 partidas internacionais de futebol disputadas entre 1950 e 2014, descobrimos que há uma tendência das nações mais fracas alcançarem as nações mais fortes - análogo à noção econômica de convergência. Assim como as nações mais pobres podem alcançar as nações mais ricas por meio de um programa de investimento e imitação, as nações mais fracas do futebol podem alcançar as mais fortes investindo em habilidades básicas. De fato, enquanto as evidências de convergência entre as economias internacionais são irregulares, as evidências para as nações no futebol são realmente muito fortes.
No entanto, também descobrimos que existe o que alguns economistas chamam de “armadilha de renda média”. Quando se trata da economia nacional, o que eleva seu nível de vida de baixo para o meio (investimento de grande escala no capital para tornar os trabalhadores mais produtivos) é diferente do que o eleva do meio para o topo (inovação e criatividade). Muitas nações de renda média parecem achar difícil fazer a transição. Assim também parece ser com o futebol: os países mais fracos podem eliminar erros básicos, mas o desenvolvimento de talentos de classe mundial tem se mostrado elusivo. Enquanto a Europa e a América do Sul estavam regularmente jogando futebol internacional e desenvolvendo infra-estruturas de liga nacional na época da Primeira Guerra Mundial, a maioria dos outros continentes não começou a fazer isto a sério até depois da Segunda Guerra Mundial.
Ser o primeiro nem sempre funciona - já não há quase nenhuma fábrica têxtil em Lancashire, Detroit há muito tempo perdeu o domínio da indústria automobilística e os vinhos franceses não são o que eram. Mas quando os primeiros impulsionadores também criam uma rede, a vantagem pode ser auto-sustentável. Pense nos mercados financeiros de Londres e Nova York ou na indústria de tecnologia no vale do silício. Barings e Lehman Brothers podem ter deixado de existir e a IBM pode ser uma sombra da empresa que era, mas as empresas que cresceram em torno delas prosperaram. A mesma coisa parece estar acontecendo no futebol europeu. Na década de 1960, a Alemanha, a Itália e a Holanda estabeleceram-se como o núcleo do futebol europeu - a maior parte da inovação e criatividade veio dessas três nações. Ao longo dos anos, outros países europeus se beneficiaram da exposição constante - seja na competição ou contratando jogadores e treinadores para as equipes em suas próprias ligas nacionais. Os países da Europa Central, como a Croácia, que foram atingidos por convulsões políticas no século XX, puderam ressurgir e se integrar ao sistema europeu. A Espanha, cuja equipe nacional há muito tempo teve um mau desempenho, foi atraída mais de perto pela rede européia. Até mesmo a insular Inglaterra começou a se sentir mais cosmopolita.
Assim, os alemães, holandeses e italianos podem ficar decepcionados com sua exibição nesta Copa do Mundo, mas podem razoavelmente afirmar que seu espírito vive nas outras nações européias. E, de qualquer maneira, se a história é alguma coisa, eles logo voltarão.
Stefan Szymanski
Pesquisando artigos
A seguir, um conjunto de links que um pesquisador pode usar para pesquisar artigos:
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28 junho 2018
Pesquisa
Gostaria de convidar você para participar de uma pesquisa para o trabalho final de dissertação de mestrado desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Contabilidade da Universidade de Brasília (PPGCont - UnB) da minha orientanda Eduarda Augusta Sales Rodrigues. Esta pesquisa tem por objetivo compreender como você vê a previdência em sua vida.
Caso tenha interesse, o questionário pode ser acessado pelo link seguinte:
https://goo.gl/forms/RgduXnKZrdQqLQsI3
Peço, por gentileza, que divulgue a pesquisa e compartilhe o link entre os colegas e em suas listas de email.
Desde já, agradecemos a sua participação!
Caso tenha interesse, o questionário pode ser acessado pelo link seguinte:
https://goo.gl/forms/RgduXnKZrdQqLQsI3
Peço, por gentileza, que divulgue a pesquisa e compartilhe o link entre os colegas e em suas listas de email.
Desde já, agradecemos a sua participação!
27 junho 2018
Limites Econômicos do Bitcoin e do Blockchain
Resumo:
The amount of computational power devoted to anonymous, decentralized blockchains such as Bitcoin’s must simultaneously satisfy two conditions in equilibrium: (1) a zero-profit condition among miners, who engage in a rent-seeking competition for the prize associated with adding the next block to the chain; and (2) an incentive compatibility condition on the system’s vulnerability to a “majority attack”, namely that the computational costs of such an attack must exceed the benefits. Together, these two equations imply that (3) the recurring, “flow”, payments to miners for running the blockchain must be large relative to the one-off, “stock”, benefits of attacking it. This is very expensive! The constraint is softer (i.e., stock versus stock) if both (i) the mining technology used to run the blockchain is both scarce and non-repurposable, and (ii) any majority attack is a “sabotage” in that it causes a collapse in the economic value of the blockchain; however, reliance on non-repurposable technology for security and vulnerability to sabotage each raise their own concerns, and point to specific collapse scenarios. In particular, the model suggests that Bitcoin would be majority attacked if it became sufficiently economically important — e.g., if it became a “store of value” akin to gold — which suggests that there are intrinsic economic limits to how economically important it can become in the first place.
Fonte: The Economic Limits of Bitcoin and the Blockchain Eric Budish NBER Working Paper No. 24717 Issued in June 2018
The amount of computational power devoted to anonymous, decentralized blockchains such as Bitcoin’s must simultaneously satisfy two conditions in equilibrium: (1) a zero-profit condition among miners, who engage in a rent-seeking competition for the prize associated with adding the next block to the chain; and (2) an incentive compatibility condition on the system’s vulnerability to a “majority attack”, namely that the computational costs of such an attack must exceed the benefits. Together, these two equations imply that (3) the recurring, “flow”, payments to miners for running the blockchain must be large relative to the one-off, “stock”, benefits of attacking it. This is very expensive! The constraint is softer (i.e., stock versus stock) if both (i) the mining technology used to run the blockchain is both scarce and non-repurposable, and (ii) any majority attack is a “sabotage” in that it causes a collapse in the economic value of the blockchain; however, reliance on non-repurposable technology for security and vulnerability to sabotage each raise their own concerns, and point to specific collapse scenarios. In particular, the model suggests that Bitcoin would be majority attacked if it became sufficiently economically important — e.g., if it became a “store of value” akin to gold — which suggests that there are intrinsic economic limits to how economically important it can become in the first place.
Fonte: The Economic Limits of Bitcoin and the Blockchain Eric Budish NBER Working Paper No. 24717 Issued in June 2018
Custo do casamento em Uganda
Um vídeo da BBC mostra como o custo de um casamento em Uganda pode ser elevado. A cerimônia não é simplesmente algo religioso. Os noivos mostram para sociedade o respeito as tradições e fazem grandes esforços para ter uma grande e deslumbrante festa, algumas delas em resorts. O local é especialmente preparado, com música para ocasião e um grande banquete.
O resultado é que alguns casais assumem dívidas que não conseguem quitar depois do casamento. O vídeo também mostra isto.
(Fotografia aqui)
O resultado é que alguns casais assumem dívidas que não conseguem quitar depois do casamento. O vídeo também mostra isto.
(Fotografia aqui)
Remuneração
Talvez agora, com a derrubada da proibição de divulgação da remuneração dos executivos, possamos ter uma ideia melhor dos valores pagos. O Estadão informou que o executivo mais bem pago do país foi Murilo Ferreira:
O executivo mais bem pago do País em 2017 foi Murilo Ferreira, ex-presidente da Vale. Desligado da empresa em fevereiro de 2017, ele recebeu quase R$ 60 milhões no ano, conforme informações divulgadas na noite de segunda-feira, 25, pela companhia.
Também ficamos sabendo que o executivo do Itaú recebeu três vezes mais que o Bradesco.
O executivo mais bem pago do País em 2017 foi Murilo Ferreira, ex-presidente da Vale. Desligado da empresa em fevereiro de 2017, ele recebeu quase R$ 60 milhões no ano, conforme informações divulgadas na noite de segunda-feira, 25, pela companhia.
Também ficamos sabendo que o executivo do Itaú recebeu três vezes mais que o Bradesco.
26 junho 2018
Perdeu, mas não irá provisionar
Na quinta o Tribunal Superior do Trabalho condenou a empresa Petrobras a complementar o salário dos seus empregados. Segundo a estimativa, a empresa estatal deverá pagar, no futuro, 17 bilhões de reais. Além disto, a decisão aumenta a despesa de salários em 2,5 bilhões de reais.
A decisão é bastante polêmica, havendo possibilidade de recurso no próprio TST e no Supremo. Apesar da votação ter sido muito apertada, 13 votos a 12, o julgamento será extendido para os demais casos similares. No juridiquês do tribunal:
Considerando os fatos pretéritos e contemporâneos às negociações coletivas que levaram à criação da remuneração mínima por nível e regime – RMNR, pela Petrobras e empresas do grupo, positiva-se, sem que tanto conduza a vulneração do art. 7º, XXVI, da Constituição Federal, que os adicionais de origem constitucional e legal, destinados a remunerar o trabalho em condições especiais ou prejudiciais (adicionais de periculosidade e insalubridade, adicionais pelo trabalho noturno, de horas extras, repouso e alimentação e outros), não podem ser incluídos na base de cálculo, para apuração do complemento da RMNR, sob pena de ofensa aos princípios da isonomia, da razoabilidade, da proporcionalidade, da realidade e pela ínsita limitação à autonomia da vontade coletiva. Por outro lado, os adicionais criados por normas coletivas, regulamento empresarial ou descritos nos contratos individuais de trabalho, sem lastro constitucional ou legal, porque livres de tal império, podem ser absorvidos pelo cálculo do complemento de RMNR.
A empresa divulgou um fato relevante sobre o assunto. Conforme o Estadão:
Em fato relevante, a Petrobrás se posicionou sobre a derrota, que determinou a revisão do cálculo do Complemento da Remuneração Mínima por Nível e Regime (RMNR). Segundo a companhia, não há impactos financeiros e econômicos imediatos para a companhia.
A Petrobrás diz ainda que "aguardará a publicação proferida para avaliar seu inteiro teor e tomar as medidas judiciais cabíveis em prol dos seus interesses e de seus investidores". A Petrobrás entende que a RMNR respeita as diferenças remuneratórias de cada regime e condição de trabalho, e respeita os adicionais previstos em leio e os acertados em acordo coletivo.
No comunicado, a estatal esclarece que a RMNR corresponde a valores remuneratórios mínimos, estabelecidos em tabelas específicas, tendo como parâmetros o nível da tabela salarial, o regime e condição de trabalho e a região geográfica de lotação.
Segundo a estatal, essa política remuneratória foi criada e implantada em 2007, mediante negociação coletiva com as representações sindicais e aprovada em assembleias pelos empregados, sendo questionada somente três anos após sua implementação. "A disputa reside na inclusão ou não dos adicionais dos regimes e condições especiais de trabalho no cálculo do Complemento da RMNR", completa a Petrobrás.
Segundo o Valor de ontem, a empresa não deve provisionar.
A decisão é bastante polêmica, havendo possibilidade de recurso no próprio TST e no Supremo. Apesar da votação ter sido muito apertada, 13 votos a 12, o julgamento será extendido para os demais casos similares. No juridiquês do tribunal:
Considerando os fatos pretéritos e contemporâneos às negociações coletivas que levaram à criação da remuneração mínima por nível e regime – RMNR, pela Petrobras e empresas do grupo, positiva-se, sem que tanto conduza a vulneração do art. 7º, XXVI, da Constituição Federal, que os adicionais de origem constitucional e legal, destinados a remunerar o trabalho em condições especiais ou prejudiciais (adicionais de periculosidade e insalubridade, adicionais pelo trabalho noturno, de horas extras, repouso e alimentação e outros), não podem ser incluídos na base de cálculo, para apuração do complemento da RMNR, sob pena de ofensa aos princípios da isonomia, da razoabilidade, da proporcionalidade, da realidade e pela ínsita limitação à autonomia da vontade coletiva. Por outro lado, os adicionais criados por normas coletivas, regulamento empresarial ou descritos nos contratos individuais de trabalho, sem lastro constitucional ou legal, porque livres de tal império, podem ser absorvidos pelo cálculo do complemento de RMNR.
A empresa divulgou um fato relevante sobre o assunto. Conforme o Estadão:
Em fato relevante, a Petrobrás se posicionou sobre a derrota, que determinou a revisão do cálculo do Complemento da Remuneração Mínima por Nível e Regime (RMNR). Segundo a companhia, não há impactos financeiros e econômicos imediatos para a companhia.
A Petrobrás diz ainda que "aguardará a publicação proferida para avaliar seu inteiro teor e tomar as medidas judiciais cabíveis em prol dos seus interesses e de seus investidores". A Petrobrás entende que a RMNR respeita as diferenças remuneratórias de cada regime e condição de trabalho, e respeita os adicionais previstos em leio e os acertados em acordo coletivo.
No comunicado, a estatal esclarece que a RMNR corresponde a valores remuneratórios mínimos, estabelecidos em tabelas específicas, tendo como parâmetros o nível da tabela salarial, o regime e condição de trabalho e a região geográfica de lotação.
Segundo a estatal, essa política remuneratória foi criada e implantada em 2007, mediante negociação coletiva com as representações sindicais e aprovada em assembleias pelos empregados, sendo questionada somente três anos após sua implementação. "A disputa reside na inclusão ou não dos adicionais dos regimes e condições especiais de trabalho no cálculo do Complemento da RMNR", completa a Petrobrás.
Segundo o Valor de ontem, a empresa não deve provisionar.
Mercado e Impeachment
Este artigo visa a contribuir para o estudo sobre a reação do mercado acionário a ponto de gerar retornos anormais ou retornos anormais acumulados significativos no período do impeachment brasileiro. Por meio da hipótese do mercado eficiente (HME), em sua forma semiforte, objetivou-se verificar se o impeachment presidencial ocorrido no Brasil em 2016, em 3 datas distintas, proveu a reação esperada do mercado acionário na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&FBOVESPA). O tema é relevante, pois aborda aspectos políticos e de teoria econômica e suas interações nos mercados acionários. Impacta na área de mercados de capitais, porque sugere que agentes econômicos podem, por meio de suas expectativas e informações, verificar reações adversas no mercado. A metodologia empregada analiticamente incorpora breve revisão de literatura como base teórica acerca de instituições envolvidas e referencia historicamente eventos do impeachment. Quantitativamente, a metodologia consiste no estudo de eventos, de maneira que as expectativas são observadas por meio de modelos de regressão de séries temporais baseados nos modelos autorregressivos de médias móveis (autoregressive-moving-average- ARMA). O resultado encontrado, sob 3 importantes eventos que culminaram no impeachment presidencial brasileiro de 2016, foi que não se determinou nenhuma estatística significativa, em nível de 5%, em todas as janelas estimadas e em todos os eventos. Estatisticamente, não se pôde rejeitar a hipótese de que os retornos anormais e os retornos anormais acumulados fossem iguais a 0. Então, considerou-se que os mercados estavam bem informados em relação aos eventos, nessa situação específica, ou seja, segundo a HME, em sua forma semiforte, os mercados reagiram conforme o esperado.
(Aragão, Maia e Romero. Mercado acionário sob o impeachment presidencial brasileiro de 2016: um teste na forma semiforte da hipótese do mercado eficiente. Revista de Contabilidade e Finanças. 2018)
(Aragão, Maia e Romero. Mercado acionário sob o impeachment presidencial brasileiro de 2016: um teste na forma semiforte da hipótese do mercado eficiente. Revista de Contabilidade e Finanças. 2018)
Diferença entre os países
Uma pergunta foi feita para 6.185 estudantes de 35 países:
Qual a contribuição - de 0 a 100% - que o seu país deu para a história?
Antes de prosseguir, pense esta pergunta para o Brasil. Lembre, qual seria a contribuição do Brasil, de 0 a 100%, na história da humanidade? Os pesquisadores não queriam medir o grau de importância de cada país. Ou mensurar o impacto de cada civilização na história da humanidade. Mas a pergunta tinha uma grande sutileza: apesar de ser impossível mensurar isto, a resposta dos estudantes revelam o grau de narcisismo dos habitantes.
O resultado para os estudantes dos Estados Unidos foi de 30%. Ou seja, eles consideram que quase um terço da história mundial teve a contribuição de um país fundado há menos de 500 anos. Conhecendo a autoestima deles, uma resposta já esperada. Mas a surpresa é que eles não foram os estudantes mais narcisistas. Os russos colocaram 61%, o percentual mais elevado. Os canadenses, um povo cordial e pacato, que a grande maioria das pessoas não sabe sequer o nome da sua capital, cravaram 40%. A Malásia - um pais da Ásia, cuja capital é Jacarta, teve uma média de 49%. E os portugueses? São modestos: acham que 38% da história mundial se deve a terrinha.
A soma da percentagem média dos 35 países foi de 1.156%, uma média de 33%. Estes valores foram maiores para os ex-comunistas, os islâmicos e sul da Ásia. A menor média: os protestantes europeus. Aproveitando, se você leu o texto e não percebeu de a capital da Malásia não Jacarta, mas Kuala Lampur, talvez seja um sintoma que talvez este país não seja tão relevante assim. Assim como os demais. E qual foi o seu percentual para o Brasil?
Qual a contribuição - de 0 a 100% - que o seu país deu para a história?
Antes de prosseguir, pense esta pergunta para o Brasil. Lembre, qual seria a contribuição do Brasil, de 0 a 100%, na história da humanidade? Os pesquisadores não queriam medir o grau de importância de cada país. Ou mensurar o impacto de cada civilização na história da humanidade. Mas a pergunta tinha uma grande sutileza: apesar de ser impossível mensurar isto, a resposta dos estudantes revelam o grau de narcisismo dos habitantes.
O resultado para os estudantes dos Estados Unidos foi de 30%. Ou seja, eles consideram que quase um terço da história mundial teve a contribuição de um país fundado há menos de 500 anos. Conhecendo a autoestima deles, uma resposta já esperada. Mas a surpresa é que eles não foram os estudantes mais narcisistas. Os russos colocaram 61%, o percentual mais elevado. Os canadenses, um povo cordial e pacato, que a grande maioria das pessoas não sabe sequer o nome da sua capital, cravaram 40%. A Malásia - um pais da Ásia, cuja capital é Jacarta, teve uma média de 49%. E os portugueses? São modestos: acham que 38% da história mundial se deve a terrinha.
A soma da percentagem média dos 35 países foi de 1.156%, uma média de 33%. Estes valores foram maiores para os ex-comunistas, os islâmicos e sul da Ásia. A menor média: os protestantes europeus. Aproveitando, se você leu o texto e não percebeu de a capital da Malásia não Jacarta, mas Kuala Lampur, talvez seja um sintoma que talvez este país não seja tão relevante assim. Assim como os demais. E qual foi o seu percentual para o Brasil?
25 junho 2018
Um final feliz para Toshiba
Em 2015 um escândalo contábil revelou erros grosseiros na Toshiba. Entre os problemas, a empresa não estava reconhecendo os custos da sua unidade nuclear dos EUA, a Westinghouse. Os problemas levaram a Toshiba a vender sua unidade de chips por 18 bilhões de dólares, suas ações caíram na bolsa de Tóquio e
Agora a empresa anunciou que a SEC, a entidade que regula o mercado acionário dos Estados Unidos, tinha concluído a investigação sobre sua contabilidade; e o resultado não trouxe nenhuma multa para a empresa:
"Entendemos que todas as investigações da SEC relativas à nossa contabilidade foram concluídas", disse um porta-voz à Reuters, acrescentando que não houve penalidade nem censura.
E como mostra o gráfico, o preço das ações voltaram a subir.
Agora a empresa anunciou que a SEC, a entidade que regula o mercado acionário dos Estados Unidos, tinha concluído a investigação sobre sua contabilidade; e o resultado não trouxe nenhuma multa para a empresa:
"Entendemos que todas as investigações da SEC relativas à nossa contabilidade foram concluídas", disse um porta-voz à Reuters, acrescentando que não houve penalidade nem censura.
E como mostra o gráfico, o preço das ações voltaram a subir.
Reduzir a alíquota pode ajudar no investimento e no endividamento
No final de 2017, o Congresso dos EUA aprovou uma reforma tributária, reduindo a carga tributária das empresas. Este é um assunto que interessa também ao Brasil, já que um dos argumentos é que esta redução permitiria um aumento nos investimentos, uma redução no endividamento e até mesmo um aumento na arrecadação, já que as empresas aumentaria suas receitas e isto teria um efeito positivo sobre o lucro, mesmo com a redução da alíquota.

Usando dados de outra lei, aprovada em 2005 nos Estados Unidos, um pesquisador verificou se a redução da alíquota pode realmente trazer benefício em termos de investimento, endividamento e impostos. É bom ressalvar que um trabalho como este sempre apresenta algumas simplificações, mas os resultados são apresentados na figura abaixo:
A linha azul apresenta os valores para as empresas que tiveram redução de impostos e a pontilhada são as empresas que não receberam nenhum benefício fiscal. O corte é o ano de 2005. Os resultados mostram que há um benefício claro na questão do investimento e endividamento. Entretanto, o pagamento de impostos não sofreu mudança expressiva (último gráfico)

Usando dados de outra lei, aprovada em 2005 nos Estados Unidos, um pesquisador verificou se a redução da alíquota pode realmente trazer benefício em termos de investimento, endividamento e impostos. É bom ressalvar que um trabalho como este sempre apresenta algumas simplificações, mas os resultados são apresentados na figura abaixo:
A linha azul apresenta os valores para as empresas que tiveram redução de impostos e a pontilhada são as empresas que não receberam nenhum benefício fiscal. O corte é o ano de 2005. Os resultados mostram que há um benefício claro na questão do investimento e endividamento. Entretanto, o pagamento de impostos não sofreu mudança expressiva (último gráfico)
Segurança alimentar e WalMart
A empresa WalMart tem sido acusada de diversas aspectos negativos. Com suas lojas imensas, a WalMart, por exemplo, eliminou muito pequeno comércio. Um estudo realizado por dois pesquisadores da Georgia State, outro da Samford e outro de Nairobi tentaram mensurar o efeito dos Supercenters na segurança alimentar da população. O foco no baixo custo por parte da empresa conduziu a um resultado até certo ponto surpreendente:
Os resultados sugerem que a proximidade com o Walmart Supercenter melhora a segurança alimentar de famílias e crianças, medida pelo número de respostas afirmativas a um questionário de insegurança alimentar e um indicador de insegurança alimentar. Os efeitos são maiores entre as famílias e crianças de baixa renda, mas também são importantes para as crianças de renda média.
Aqui e aqui
Os resultados sugerem que a proximidade com o Walmart Supercenter melhora a segurança alimentar de famílias e crianças, medida pelo número de respostas afirmativas a um questionário de insegurança alimentar e um indicador de insegurança alimentar. Os efeitos são maiores entre as famílias e crianças de baixa renda, mas também são importantes para as crianças de renda média.
Aqui e aqui
24 junho 2018
Ator falido
A revista Rolling Stones informa que o ator Johnny Deep está falido (ou quase). O ator, conhecido pelo papel de Jack Sparrow, teve ter, ao longo de sua carreira, arrecadado 650 milhões de dólares. E achou um culpado na figura dos antigos empresários, que por sua vez estão processando o ator.
Os problemas do ator incluem uso de drogas e péssimos hábitos de consumo, que inclui um pagamento de 5 milhões de dólares para que as cinzas de Hunter S. Thompson saísse de um canhão.
(via aqui)
Os problemas do ator incluem uso de drogas e péssimos hábitos de consumo, que inclui um pagamento de 5 milhões de dólares para que as cinzas de Hunter S. Thompson saísse de um canhão.
(via aqui)
21 junho 2018
Apostas e Copa do Mundo
Um texto mostrando alguns problemas comportamentais nas apostas esportivas durante a Copa do Mundo:
Na quinta-feira, começa a Copa do Mundo de 2018, uma competição de um mês com equipes masculinas de 32 países, quando a Rússia enfrenta a Arábia Saudita. A Copa do Mundo, que acontece a cada quatro anos, atrai muitas pessoas que normalmente não se consideram fãs de futebol. A final da Copa do Mundo de 2014, entre a Argentina e os vencedores da Alemanha, foi assistida por mais de um bilhão de pessoas.
A Copa do Mundo também é uma época em que muitas pessoas que normalmente não se consideram apostadores decidem jogar . Para muitas pessoas, a aposta pode adicionar de forma mais simples emoção aos jogos de futebol. Mas a aposta também pode levar muitas pessoas a perder mais do que ganhar. Este "guia de apostas" irá apresentar algumas das principais descobertas da pesquisa que podem manter suas perdas sob controle e aumentar suas chances de sair na frente.
# 1: não aposte na sua equipe
Uma estratégia popular é apostar no próprio país (embora os torcedores da Itália e dos EUA não possam fazê-lo desta vez, porque as duas equipes não conseguiram se classificar, a primeira vez desde 1958 e 1986, respectivamente). Isso é conhecido como “ viés da própria equipe ” e há duas razões principais para evitar essa estratégia. A primeira razão é que as casas de apostas tendem a conhecer por essa preferência e oferecem pagamentos injustamente baixos à própria equipe do apostador . A segunda razão é devido ao aspecto emocional. Você ficará feliz se sua própria equipe vencer. Faz sentido fazer uma proteção (hedge) de sua felicidade para diferentes resultados, apostando que sua equipe não irá ganhar. Dessa forma, você está garantindo que não terá um duplo golpe se seu time perde e você perder a aposta. Se você adotar este conselho, você estará entre poucos; as pessoas realmente não gostam de apostar contra sua própria equipe, mesmo quando oferece uma aposta grátis de $ 5 .
# 2: não apostar no “azarão”
(...) Enquanto escrevo isso, as probabilidades do jogo de abertura dizem que uma aposta de $ 1 poderia retornar $ 1,28 (lucro = $ 0,28) se a Rússia ganhasse, $ 11 (lucro = $ 10) se a Arábia Saudita ganhasse ou $ 5 (lucro = $ 4) se as equipes empatarem. Portanto, os mercados de apostas consideram a Rússia "favorita" e a Arábia Saudita o “azarão”. Muitos jogadores ingênuos podem ser atraídos pelos pagamentos potenciais mais altos e pelo drama de apostar nos azarão, como a Arábia Saudita aqui.
Este impulso reflete o viés de apostas esportivas estabelecido. Já em 1949, constatou-se que, em corridas de cavalos, as apostas em azarões tinham perdas muito maiores (como uma porcentagem do valor apostado) do que as apostas em favoritos. Embora nenhuma categoria de apostas tenha sido vantajosa no longo prazo após contabilizar a parte do bookmaker , a perda acima da média dos azarões é um padrão já confirmado em muitos esportes (incluindo futebol; veja aqui e aqui).
# 3: Não seja sugado por apostas específicas
Apostar em azarões não é a única maneira que os apostadores de futebol podem perseguir altas recompensas. As apostas “Acumulador” envolvem a previsão de todos os resultados de vários jogos de futebol separados. Com, digamos, cinco jogos independentes, os payoffs podem aumentar rapidamente, porque a aposta só compensa quando todos os jogos terminam como previsto. No entanto, é fácil superestimar a conjunção de vários eventos, tanto na vida quanto no futebol. Uma alternativa é apostar em resultados mais específicos, como uma aposta na Rússia para vencer por 3-0, ou um jogador específico marcar o primeiro gol, ou até mesmo um jogador para marcar o primeiro gol e a Rússia para ganhar por 3-0. Essas apostas específicas se destacam na publicidade de jogos de azar britânicos. Mas evite apostar em todas essas categorias específicas. (...)
# 4: É fácil esquecer as apostas em azarões
Por que as pessoas continuam apostando em azarões? Uma razão é que as apostas bem-sucedidas ficam na mente. Por exemplo, se tornou viral um apostador que jogou um bilhete em “Sami Khedira irá marcar e Alemanha irá ganhar de 7-1” no famoso jogo da semifinal da Copa de 2014, onde a Alemanha ganhou do Brasil. (A aposta inicial de US $ 20 pagou mais de US $ 40.000.) Nenhuma glória, no entanto, vai para as apostas de sucesso mais mundana de "Alemanha irá vencer".
Enquanto isso, azarões mal sucedidos são esquecidos instantaneamente. Reserve um momento para pensar na angústia das pessoas que apostaram na vitória da Alemanha por 7x0, que tiveram suas esperanças frustradas pelo gol de consolação de Oscar do Brasil no último minuto do jogo. Tenha cuidado: “quase-acidentes”, como esse, são conhecidos por motivar os apostadores quase tanto quanto ganhar apostas, e podem ser um fator pelo qual tantas pessoas continuam apostando de forma específica. (...)
Na quinta-feira, começa a Copa do Mundo de 2018, uma competição de um mês com equipes masculinas de 32 países, quando a Rússia enfrenta a Arábia Saudita. A Copa do Mundo, que acontece a cada quatro anos, atrai muitas pessoas que normalmente não se consideram fãs de futebol. A final da Copa do Mundo de 2014, entre a Argentina e os vencedores da Alemanha, foi assistida por mais de um bilhão de pessoas.
A Copa do Mundo também é uma época em que muitas pessoas que normalmente não se consideram apostadores decidem jogar . Para muitas pessoas, a aposta pode adicionar de forma mais simples emoção aos jogos de futebol. Mas a aposta também pode levar muitas pessoas a perder mais do que ganhar. Este "guia de apostas" irá apresentar algumas das principais descobertas da pesquisa que podem manter suas perdas sob controle e aumentar suas chances de sair na frente.
# 1: não aposte na sua equipe
Uma estratégia popular é apostar no próprio país (embora os torcedores da Itália e dos EUA não possam fazê-lo desta vez, porque as duas equipes não conseguiram se classificar, a primeira vez desde 1958 e 1986, respectivamente). Isso é conhecido como “ viés da própria equipe ” e há duas razões principais para evitar essa estratégia. A primeira razão é que as casas de apostas tendem a conhecer por essa preferência e oferecem pagamentos injustamente baixos à própria equipe do apostador . A segunda razão é devido ao aspecto emocional. Você ficará feliz se sua própria equipe vencer. Faz sentido fazer uma proteção (hedge) de sua felicidade para diferentes resultados, apostando que sua equipe não irá ganhar. Dessa forma, você está garantindo que não terá um duplo golpe se seu time perde e você perder a aposta. Se você adotar este conselho, você estará entre poucos; as pessoas realmente não gostam de apostar contra sua própria equipe, mesmo quando oferece uma aposta grátis de $ 5 .
# 2: não apostar no “azarão”
(...) Enquanto escrevo isso, as probabilidades do jogo de abertura dizem que uma aposta de $ 1 poderia retornar $ 1,28 (lucro = $ 0,28) se a Rússia ganhasse, $ 11 (lucro = $ 10) se a Arábia Saudita ganhasse ou $ 5 (lucro = $ 4) se as equipes empatarem. Portanto, os mercados de apostas consideram a Rússia "favorita" e a Arábia Saudita o “azarão”. Muitos jogadores ingênuos podem ser atraídos pelos pagamentos potenciais mais altos e pelo drama de apostar nos azarão, como a Arábia Saudita aqui.
Este impulso reflete o viés de apostas esportivas estabelecido. Já em 1949, constatou-se que, em corridas de cavalos, as apostas em azarões tinham perdas muito maiores (como uma porcentagem do valor apostado) do que as apostas em favoritos. Embora nenhuma categoria de apostas tenha sido vantajosa no longo prazo após contabilizar a parte do bookmaker , a perda acima da média dos azarões é um padrão já confirmado em muitos esportes (incluindo futebol; veja aqui e aqui).
# 3: Não seja sugado por apostas específicas
Apostar em azarões não é a única maneira que os apostadores de futebol podem perseguir altas recompensas. As apostas “Acumulador” envolvem a previsão de todos os resultados de vários jogos de futebol separados. Com, digamos, cinco jogos independentes, os payoffs podem aumentar rapidamente, porque a aposta só compensa quando todos os jogos terminam como previsto. No entanto, é fácil superestimar a conjunção de vários eventos, tanto na vida quanto no futebol. Uma alternativa é apostar em resultados mais específicos, como uma aposta na Rússia para vencer por 3-0, ou um jogador específico marcar o primeiro gol, ou até mesmo um jogador para marcar o primeiro gol e a Rússia para ganhar por 3-0. Essas apostas específicas se destacam na publicidade de jogos de azar britânicos. Mas evite apostar em todas essas categorias específicas. (...)
# 4: É fácil esquecer as apostas em azarões
Por que as pessoas continuam apostando em azarões? Uma razão é que as apostas bem-sucedidas ficam na mente. Por exemplo, se tornou viral um apostador que jogou um bilhete em “Sami Khedira irá marcar e Alemanha irá ganhar de 7-1” no famoso jogo da semifinal da Copa de 2014, onde a Alemanha ganhou do Brasil. (A aposta inicial de US $ 20 pagou mais de US $ 40.000.) Nenhuma glória, no entanto, vai para as apostas de sucesso mais mundana de "Alemanha irá vencer".
Enquanto isso, azarões mal sucedidos são esquecidos instantaneamente. Reserve um momento para pensar na angústia das pessoas que apostaram na vitória da Alemanha por 7x0, que tiveram suas esperanças frustradas pelo gol de consolação de Oscar do Brasil no último minuto do jogo. Tenha cuidado: “quase-acidentes”, como esse, são conhecidos por motivar os apostadores quase tanto quanto ganhar apostas, e podem ser um fator pelo qual tantas pessoas continuam apostando de forma específica. (...)
Dolly
Com acusação de sonegar 4 bilhões em impostos, a empresa de bebidas Dolly resolveu fehcar uma das fábricas. O motivo do fechamento, segundo a empresa, é “a impossibilidade de acessar o caixa da empresa”.
Codonho [proprietário da empresa] passou oito dias preso temporariamente no 77º DP (Distrito Policial) de Santa Cecília, região central de São Paulo. Foi preso no dia 18 de maio. O executivo é suspeito dos crimes de fraude fiscal continuada, sonegação, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. Investigadores estimam que as fraudes praticadas pelo empresário tenham gerado um prejuízo de R$ 4 bilhões ao longo de 20 anos.
Codonho [proprietário da empresa] passou oito dias preso temporariamente no 77º DP (Distrito Policial) de Santa Cecília, região central de São Paulo. Foi preso no dia 18 de maio. O executivo é suspeito dos crimes de fraude fiscal continuada, sonegação, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. Investigadores estimam que as fraudes praticadas pelo empresário tenham gerado um prejuízo de R$ 4 bilhões ao longo de 20 anos.
Marca: O mundo é da tecnologia
Em rosa, as empresas de tecnologia, que são as maiores marcas do mundo (via aqui)
Casas Bahia
Em 2009, a Globex fez um acordo com as Casas Bahia. Antes da divulgação do acordo, alguns investidores, que sabiam da informação, fizeram negociações e tiveram retornos pelo uso de informação privilegiada. Agora, em 2018, a CVM finalmente puniu estes investidores, com multa de 684 mil reais.
No voto, o diretor-relator Gustavo Borba rejeitou as alegações de prescrição da irregularidade e também destacou que os acusados tinham relações pessoais entre si e com pessoas que tiveram acesso às negociações entre as duas empresas. Segundo ele, as operações de compra e venda em datas próximas ao anúncio, comprovam isso.
No voto, o diretor-relator Gustavo Borba rejeitou as alegações de prescrição da irregularidade e também destacou que os acusados tinham relações pessoais entre si e com pessoas que tiveram acesso às negociações entre as duas empresas. Segundo ele, as operações de compra e venda em datas próximas ao anúncio, comprovam isso.
GE sai da Dow Jones
Por 111 anos, a empresa General Electric fez parte do índice Dow Jones. Ao participar deste índice, a empresa é considerada uma blue chip.
A GE participava do índice desde 1896 e, de forma ineterrupta desde 1907. Há 15 anos, a GE era a empresa com maior valor de mercado do mundo. A crise de 2008, que afetou a parte financeira da empresa, e os problemas contábeis recentes (aqui também) fizeram com que a empresa perdesse 80% do preço da ação.
A retirada já era esperada e pode afetar ainda mais o valor da empresa, na medida em que o preço da ação é afetado pela presença nos índices de mercado. Parece estranho, mas não é. Uma empresa que participa de um índice de mercado tende a se valorizar, já que muitos fundos de investimentos procuram reproduzir a carteira de mercado. Assim, sair de um índice como o Dow Jones pode levar os fundos a venderem as ações da empresa para “reproduzir” a nova ponderação do índice. O efeito talvez não seja maior em razão da pequena participação atual da GE no Dow Jones.
Outro aspecto interessante é que a GE era o único “membro fundador” do índice.
A GE participava do índice desde 1896 e, de forma ineterrupta desde 1907. Há 15 anos, a GE era a empresa com maior valor de mercado do mundo. A crise de 2008, que afetou a parte financeira da empresa, e os problemas contábeis recentes (aqui também) fizeram com que a empresa perdesse 80% do preço da ação.
A retirada já era esperada e pode afetar ainda mais o valor da empresa, na medida em que o preço da ação é afetado pela presença nos índices de mercado. Parece estranho, mas não é. Uma empresa que participa de um índice de mercado tende a se valorizar, já que muitos fundos de investimentos procuram reproduzir a carteira de mercado. Assim, sair de um índice como o Dow Jones pode levar os fundos a venderem as ações da empresa para “reproduzir” a nova ponderação do índice. O efeito talvez não seja maior em razão da pequena participação atual da GE no Dow Jones.
Outro aspecto interessante é que a GE era o único “membro fundador” do índice.
20 junho 2018
Crise passa na economia, mas continua no setor contábil
Em maio de 2018, o setor contábil novamente demitiu mais empregados que contratou. Foram admitidos 9.340 e demitidos 10.143, representando uma diferença de 803 empregos a menos no mercado formal de emprego. Desde janeiro 2014, o número de redução de empregos foi de 39.685. Não é o pior resultado, já que o desempenho de março e janeiro deste ano. A questão é que a economia como um todo contratou mais que demitiu. E isto ocorre desde janeiro de 2018 deste ano. Nos últimos 17 meses, somente quatro tiveram um sinal negativo no saldo de movimentação na economia, enquanto no setor contábil foram 14 meses com mais demissões que contratações. Em outras palavras, parece que a crise está passando na economia, mas persiste no setor contábil.
Além disto, as demissões no setor contábil acontecem com trabalhadores com um tempo de experiência longo (35 meses em média em maio de 2018 versus 24 meses para a economia) e uma idade de 32 anos. É interessante notar que no passado a economia obtida com a contratação, comparando o salário médio do trabalhador admitido e o salário do demitido, já foi maior no passado; em maio foi de 16%.
Em maio, aqueles com curso superior completo tiveram um saldo de movimentação positivo. Em termos de ocupação, apenas os técnicos apresentaram saldo positivo. Nos demais casos, o saldo foi negativo.
Além disto, as demissões no setor contábil acontecem com trabalhadores com um tempo de experiência longo (35 meses em média em maio de 2018 versus 24 meses para a economia) e uma idade de 32 anos. É interessante notar que no passado a economia obtida com a contratação, comparando o salário médio do trabalhador admitido e o salário do demitido, já foi maior no passado; em maio foi de 16%.
Em maio, aqueles com curso superior completo tiveram um saldo de movimentação positivo. Em termos de ocupação, apenas os técnicos apresentaram saldo positivo. Nos demais casos, o saldo foi negativo.
19 junho 2018
18 junho 2018
Passivo
No livro de Teoria da Contabilidade, capítulo 8, temos a seguinte questâo:
Um correntista ganhou uma ação milionária contra o Bradesco. O juiz determinou que o valor a ser pago fosse corrigido pela taxa de juros que esta instituição financeira utilizou para o cheque especial dos seus clientes, o que levou a uma estimativa de pagamento de R$ 2 bilhões.
a) Qual o valor que deveria estar registrado no passivo do Bradesco no início da ação?
b) E após o julgamento, que resultou numa sentença de R$ 2 bilhões?
c) Considere que o Bradesco entrou com recurso para reduzir o valor a ser pago. Qual o valor que deveria constar do passivo do banco? Qual seria a contrapartida desse registro do passivo?
d) Em setembro de 2012, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro anulou a decisão. O valor original, de R$ 4,5 mil, será acrescido de juros simples, sem usar a taxa de juros do cheque especial. Como isto afeta sua resposta?
Agora, uma empresa de Itapira (SP) moveu uma ação contra o Itaú Unibanco. Esta instituição teria cobrado taxas acima daquelas que foram contratadas. No final de 2007, a justiça deu ganho de causa para a empresa KVA Engenharia Elétrica, sendo necessário o cálculo pericial. Mais de dez anos depois, o cálculo foi homologado no valor de quase 140 milhões de reais. Mas este valor foi corrigido e cobrado juros de empréstimo bancário cobrado por uma instituição financeira. Com isto, o valor chega a 7,627 bilhões em meados de 2018. Segundo o Itaú, a dívida original seria de 30 mil reais. O banco considera que a dívida deveria ser corrigida por juros simples, a exemplo do caso do Bradesco.
Segundo reportagem do Valor Econômico (Itau Unibanco enfrenta ação bilionária na Justiça por cobrança indevida, Vinicius Pinheiro, 7 de junho de 2018, C3), a sentença já transitou em julgado, mas o banco não informou entre os processos descritos no formulário de referência. E não informou à CVM.
Um correntista ganhou uma ação milionária contra o Bradesco. O juiz determinou que o valor a ser pago fosse corrigido pela taxa de juros que esta instituição financeira utilizou para o cheque especial dos seus clientes, o que levou a uma estimativa de pagamento de R$ 2 bilhões.
a) Qual o valor que deveria estar registrado no passivo do Bradesco no início da ação?
b) E após o julgamento, que resultou numa sentença de R$ 2 bilhões?
c) Considere que o Bradesco entrou com recurso para reduzir o valor a ser pago. Qual o valor que deveria constar do passivo do banco? Qual seria a contrapartida desse registro do passivo?
d) Em setembro de 2012, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro anulou a decisão. O valor original, de R$ 4,5 mil, será acrescido de juros simples, sem usar a taxa de juros do cheque especial. Como isto afeta sua resposta?
Agora, uma empresa de Itapira (SP) moveu uma ação contra o Itaú Unibanco. Esta instituição teria cobrado taxas acima daquelas que foram contratadas. No final de 2007, a justiça deu ganho de causa para a empresa KVA Engenharia Elétrica, sendo necessário o cálculo pericial. Mais de dez anos depois, o cálculo foi homologado no valor de quase 140 milhões de reais. Mas este valor foi corrigido e cobrado juros de empréstimo bancário cobrado por uma instituição financeira. Com isto, o valor chega a 7,627 bilhões em meados de 2018. Segundo o Itaú, a dívida original seria de 30 mil reais. O banco considera que a dívida deveria ser corrigida por juros simples, a exemplo do caso do Bradesco.
Segundo reportagem do Valor Econômico (Itau Unibanco enfrenta ação bilionária na Justiça por cobrança indevida, Vinicius Pinheiro, 7 de junho de 2018, C3), a sentença já transitou em julgado, mas o banco não informou entre os processos descritos no formulário de referência. E não informou à CVM.
Empreendedor
A propaganda a seguir define bem o que é ser empreendedor. Da associação Finlandesa de Empreendedorismo:
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