O futuro do texto será multimodal, embora não exclusivamente. Os incômodos que a academia revela em face das novidades digitais se justificam apenas em termos de comprometer a qualidade da argumentação, estudo, pesquisa, leitura, mas que podemos, perfeitamente, preservar em ambientes multimodais. Muito da reação é apenas tradicionalismo, coibindo oportunidades que, mais cedo ou mais tarde, serão comuns, porque o mundo digital veio para ficar. A melhor atitude é buscar fazer bem.
Como vamos viver imersos na digitalidade – os adolescentes já o fazem – é impraticável fugir do assunto: conhecimento também será afetado por tais ambientes. Como tudo é ambíguo, temos, ao lado de grandes oportunidades, também grandes riscos. Antes, tudo vinha no papel. Agora vem na tela. Para uns, maneja-se melhor um texto no papel; para outros, na tela. Questão talvez de hábito. Em termos mais práticos, a multimodalidade pode alargar muito as chances de argumentar, porque dispõe de muitos recursos audiovisuais aproveitáveis, tornando o texto mais fluido, flexível, manejável, além de atraente e motivador.
(Pedro Demo, via aqui). Postei o seguinte comentário: "Como docente no ensino superior, estou confuso e tentando adaptar ao mundo moderno. Gosto muito da Wikipedia e uso vídeos de comerciais em sala de aula do doutorado."
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