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05 fevereiro 2018

Depressão na pós

Em dezembro, o jornal Folha de S Paulo publicou um longo texto comentando sobre a depressão dos alunos de mestrado e doutorados (aqui, sendo que o link foi encaminhado pelo prof. Claudio Santana, grato).

O texto é acompanhado por depoimentos de alunos. É muito claro o grande motivo de queixa dos pos-graduandos: o orientador. O texto do jornal relativiza um pouco as queixas do professor, informando da pressão que os docentes sofrem em termos das exigências de ministrar aula, orientar, fazer trabalhos técnicos, participar de congressos e publicar artigos em periódicos de impacto. Mas nos depoimentos encaminhados para o jornal a grande queixa é o orientador. No modelo de pós-graduação este professor tem um papel importante na vida do aluno, determinando suas tarefas, aprovando seus textos, participando de suas pesquisas, entre outras atividades.

Na intersecção da maioria das dificuldades descritas pelos estudantes - pressão exagerada, carga de trabalho frequentemente excessiva, solidão, assédio moral, entre outras - encontra-se a figura do orientador.

Confeso que minha experiência como orientando foi bastante positiva. Não seria uma visão particularizada do jornal? Ou as questões são inerentes a um ambiente de competição excessiva?

Claúdio, que me enviou o texto, questiona: isto também ocorre na nossa área? Minha resposta: sim. Mas confesso não saber em que grau ocorre.

2 comentários:

  1. Eu apenas me senti um pouco deprimido no início do mestrado, mas depois me acostumei e até gostei. Tanto é que fiz doutorado.

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  2. Luiz Felipe, o que você descreveu não foi depressão, que é uma doença caracterizada por muito mais que tristeza prolongada. Foi apenas um momento difícil e que felizmente você superou.
    Acho válida esta postagem para que coloquemos em pauta com mais frequência a saúde mental. Li a reportagem original cujo link você citou e fiquei estarrecido. Como é triste imaginar que algumas das pessoas mais inteligentes do nosso país submetem outras a tanto descaso.

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