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31 dezembro 2017

Repatriação reduziu desigualdade tributária em 2016

O programa de regularização de ativos no exterior, também conhecido como repatriação, teve um efeito temporário sobre um dos principais problemas da tributação brasileira. A cobrança de Imposto de Renda (IR) sobre o patrimônio legalmente mantido por brasileiros no exterior reduziu a desigualdade na arrecadação nacional no ano passado, segundo o relatório da carga tributária de 2016 divulgada nesta semana pela Receita Federal.
[...]

De acordo com os dados oficiais do Fisco da carga tributária de 2016, a tributação sobre bens e serviços, ligada ao consumo, caiu de 15,85% em 2015 para 15,35% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) no ano passado. Em contrapartida, a tributação sobre a renda subiu de 5,88% para 6,47% na mesma comparação.
[...]

A primeira etapa da repatriação, de abril a outubro de 2016, arrecadou R$ 46,8 bilhões em Imposto de Renda e em multas. Na ocasião, os contribuintes pagaram 15% de Imposto de Renda (IR) e 15% de multa em troca da anistia do crime de evasão de divisas. A influência dos tributos progressivos não se repetirá na carga tributária de 2017 porque a segunda fase da repatriação, que cobrou 15% de IR e 20,25% de multa, teve baixa adesão e arrecadou R$ 1,61 bilhão, bem abaixo da expectativa inicial de R$ 13 bilhões. A Receita só divulgará os dados de 2017 no segundo semestre de 2018.

A carga tributária representa o peso dos tributos sobre a economia. Em 2016, 32,38% de tudo o que o país produziu foi pago ao governo, contra 32,11% do PIB registrados em 2015. Sem a repatriação, no entanto, o indicador teria caído para 32,01% do PIB. O aumento da arrecadação de Imposto de Renda teria efeito apenas marginal na redução da desigualdade tributária em relação a outros países.

O relatório de 2016 apresentou um comparativo da carga tributária por segmento de tributação entre o Brasil e países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo dos países mais industrializados ao qual o governo brasileiro está em negociações para ingressar. Por causa das defasagens na divulgação de outros países, a comparação é feita com os dados de 2015.

Há dois anos, o Brasil fazia parte do grupo das menores cargas tributárias, em 11º lugar, num total de 34 países. No entanto, ao analisar a estrutura da arrecadação, o país era o que menos arrecadava com a renda (5,88% do PIB). Ao comparar os dados do Brasil de 2016 (6,47%) com a arrecadação de 2015 dos demais países, o país teria subido para a penúltima posição na tributação da renda, à frente apenas da Turquia. Na Dinamarca, que lidera o ranking da igualdade tributária, os tributos sobre a renda equivaleram a 29,2% do PIB.

Em relação ao consumo, no entanto, o Brasil era o segundo país que mais arrecadava com a tributação sobre bens e serviços em 2015 (15,85% do PIB), perdendo apenas para a Hungria, com 17,2%. Ao incluir os dados de 2016 (15,35%), mantendo a arrecadação de 2015 dos países da OCDE, o Brasil seria ultrapassado pela Grécia e cairia para a terceira posição. O país que onerava menos o consumo eram os Estados Unidos (4,4% do PIB).

Fonte: Aqui

Paródia: Fatos Contábeis

Fatos contábeis com o professor Geovanni Silva:

30 dezembro 2017

28 dezembro 2017

Fraude na ciência

Um site que acompanho é o Retration Watch, que acompanha os casos de fraudes na ciência. Um notícia recente impressionou: um periódico científico sobre câncer afirmou que descobriu em um artigo de 2014 que uma imagem foi duplicada em sete outros artigos. Ou seja, oito artigos mostraram a mesma figura. O periódico é o Asian Pacific Journal of Cancer Prevention (APJCP). Todos os artigos foram publicados entre 2014 a 2016.

A figura aparece a seguir:

27 dezembro 2017

Mais destruição de vagas em Novembro

Somente hoje o Ministério do Trabalho disponibilizou a base de dados do Caged para consulta referente ao desempenho do setor formal da economia. No geral, após sete meses de desempenho positivo, a economia demitiu mais que contratou.

No setor contábil, composto pelos contadores, auditores, escriturários e técnicos em contabilidade, o desempenho seguiu o padrão dos meses anteriores. E isto significa notícia ruim: afinal, em 2017, somente em janeiro o resultado foi positivo.
O gráfico acima mostra que a linha vermelha, dos demitidos, tem estado acima da linha azul, de contratação, nos últimos meses. Em termos acumulados, o mês de novembro suplantou a barreira das 40 mil vagas destruídas desde janeiro de 2014. Isto representa quase 10% do total. Um ponto positivo é que a diferença salarial entre demitidos e admitidos foi de 15%, o meno´r nível desde início de 2016. Isto pode ser um sinal que o ciclo de demissão para contratar profissional com menor salário pode estar reduzindo. Ou talvez seja uma situação atípica.

Com a grande quantidade de demissões desde 2014, os trabalhos que estão sendo mandados para rua possuem cada vez mais experiências. O trabalhador demitido em novembro tinha em média 37 meses de emprego, um número similar aos dos meses anteriores.

Em novembro o problema do emprego atingiu todo perfil de empregado. Assim, o saldo negativo independente do gênero do trabalhador, seu nível de escolaridade ou o tipo de emprego.


O gráfico é um comparativo que temos feito nos últimos meses para mostrar que enquanto a economia parece ter revertido a tendência de queda no emprego formal (linha vermelha) o mesmo não se pode dizer do setor contábil (linha azul).

O que esperar de dezembro?  - Tradicionalmente dezembro tem sido bom para a contratação de trabalhadores no setor contábil. Em 2016 foi o segundo pior mês, mas em 2014 e 2015 foi de longe o pior. Em novembro de 2016 o saldo foi menos 1824, perto dos menos 1731 deste ano; já em dezembro o saldo foi 3.274, negativo. 

O Blog em números


Estamos com quase 5 milhões de visualizações no blog! Contamos com 5 mil seguidores em nossa página do Facebook e quase 2 mil no Twitter. No Pinterest temos 276 seguidores e estamos muito satisfeitos com o resultado! No Instagram, com uma pegada um tanto mais informal, contamos com 21 mil seguidores.

Aqui no blog, 71,3% chegam por meio do computador, 27,4 pelo celular, 1,3% por tablet. 87,5% das sessões foram brasileiras, 5,7% portuguesas, 1,8% estadunidenses, 2,7% de Moçambique e da Angola.

A maioria dos nossos usuários acessa o site entre as 14h e as 16h, de segunda a quinta. Segunda-feira, entre 20h e 21h, também observamos mais acesso (entre 4,5 e 6 mil acessos), assim como na terça no horário das 10h (4,5 mil).

Somos gratos de uma forma imensurável por tudo isso. Obrigada pela companhia!

Reuniões privadas com executivos

Qual a razão de algumas pessoas gastarem tempo e dinheiro com reuniões privadas com os gestores de uma empresa? Um pesquisa mostrou que as pessoas que pagam por estas reuniões "pedem" informações que podem violar as regras do mercado de capitais. As empresas dos EUA e Europa fazem em média 100 dessas reuniões por ano, segundo uma pesquisa.

Outra pesquisa analisou mais de mil perguntas feitas nestas reuniões, entre 2015 e 2016, para um total de 66 reuniões privadas.

Em reuniões privadas, descobriram que os investidores faziam mais perguntas e que eram mais agressivos e focados do que nas discussões públicas.

Leia mais aqui.

Como o FASB pretende simplificar a transição do Leasing

Muitas vezes o regulador faz regras difíceis de serem adotadas. E depois penam para convencer que isso melhorou a contabilidade. E que a adoção não é tão complicada assim. Uma das acusações dos projetos conjuntos Iasb-Fasb é a complexidade. Segundo uma notícia divulgada agora, o Fasb tem uma alternativa para a transição: 

Luckily, the FASB plans to give companies some relief to ease their transition to the new accounting rules. They will change the lease rules to permit companies to adopt the new accounting beginning in 2019 without requiring restatement of historic periods. The FASB is also proposing to simplify the accounting for lessors, dropping a requirement to separately recognize lease and non-lease components in rental agreements

26 dezembro 2017

Postagens mais lidas em 2017

1. Grau de alavancagem operacional
2. CCL
3. Endividamento
4. Giro do ativo
5. O que deve ter uma "conclusão" de um trabalho científico?
6. Prazo médio de pagamento a fornecedores
7. Margem Operacional
8. Curso de Contabilidade Básica: Dívida Líquida
9. Ebitda
10. Retorno Sobre o Investimento - ROI
11. Margem Líquida
12. Margem Bruta
13. Composição do Endividamento
14. Grau de Alavancagem Operacional
15. Curso de Contabilidade Básica: Covenants
16. Prazo de Estocagem
17. Valor Justo
18. Provisão, Contingência e Accruals
19. Patrimônio de Referência
20. Lucro Líquido sobre Ativo

Dia a dia do amigo secreto dos blogs de contabilidade


Este ano, como comentamos anteriormente, alguns blogueiros de contabilidade se juntaram para uma confraternização moderna de fim de ano. Moderna porque cada um mora em um canto, então usamos um site desses especializados em amigo secreto para fazer o sorteio e enviamos os presentes via Correios.

Nesse site da brincadeira é possível deixar mensagens no mural, para que todos leiam, ou individual. Há a opção de que elas sejam anônimas, o que te dá a chance de falar com quem te tirou, quem você tirou, deixar dica no mural, etc...

Lá no mural o Roberto (de forma anônima, na época) disse que quem ele tirou tinha uma tese com um tema muito criativo e eu chutei, super errado, que as pessoas que realmente checariam tal informação seriam a Claudinha ou o profe César. A tese bem legal é do Sandro!

O Vladmir ressaltou o ótimo timing da brincadeira que coincidiu com a Black Friday! *.*

O Alexandre informou que tirou alguém que estava sem foto no grupo (acho que na época quatro dos membros estavam sem fotografia no perfil). A Polyana chutou que era ela e acertou!

O Sandro afirmou, sem a proteção do anonimato, que quem ele tirou participava pouco no grupo e eu imaginei que fosse uma observação irônica, que então seria eu ou o Felipe porque acho que a gente no começo falou um pouquinho (de leve) a mais que todo mundo. E foi o Felipe! \o/ Que fez o contrário de participar pouco. Em meio a viagens e compromissos ele se manteve ativo e a par de tudo o que acontecia.

Eu fiquei com receio de falar muito porque eu tirei a Claudinha na edição passava e não quis arriscar repetir e ficar na cara que era ela. Nem fiz postagem “quem eu tirei” este ano! Só falei que quase comprei o mesmo presente pra mim há um tempo atrás... Ela mencionou um autor que gosta e escolhi o último livro dele para enviar, porque já tinha namorado aquela belezura na livraria e fiquei encantada! Vai ser uma das nossas leituras em comum de 2018. Aliás, essas mulheres maravilhosas do mundo de blogs de contabilidade são ótimas companhias de leitura.

Nós sabemos quem tirou quem, mas a brincadeira ainda não acabou. Alguns presentes ainda não foram entregues e postagens estão programadas para a publicação pelos outros sites. Quando sair a de todo mundo postaremos uma atualização por aqui.

Se você é um blogueiro de contabilidade que deseja participar do próximo jogo, por favor entre em contato. Além de ser sobre contabilidade, espera-se apenas que seja uma página atualizada com certa frequência.

25 dezembro 2017

Postagens de 2017 mais lidas

Nós fizemos um levantamento por meio do Google Analitycs e das postagens publicadas em 2017, estas foram as mais lidas:

1.10 pequenas coisas para fazer e se tornar mais inteligente
2. Curso de Contabilidade Básica: Dívida Líquida
3. IFRS publica suas demonstrações contábeis
4. Corinthians: exemplo para contabilidade?
5. Brasil vai falir!
6. Curso de Contabilidade Básica: Ativos Biológicos e sua mensuração
7. Hoje é um novo tempo
8. Armando Catelli (1935-2017)
9. ROIC ou Retorno sobre Investimento
10. Resolução do CFC sobre lavagem de dinheiro e outros assuntos
11. 10 salários de contador nos EUA em 2017
12. Custo do trabalhador brasileiro
13. Lei da Gorjeta
14. Curso de Contabilidade Básica: Os dois modelos da DFC
15. Aulas de Contabilidade no YouTube: Eugenio Montoto
16. Ética, JBS e o Relatório dos Auditores
17. Gestão de Riscos e a Operação Carne Fraca
18. Eleições dos CRCs (2)
19. Os melhores cursos de contabilidade
20. Fim do Programa Multi

Rir é o melhor remédio

... sorrir (ou chorar um pouquinho) é o melhor remédio.




24 dezembro 2017

Feliz Natal


Queridos leitores, desejamos a todos um Feliz Natal!

Que o verdadeiro sentido do Natal encha o seu coração e a sua casa.

Desejando-lhe muita felicidade hoje e por todo o novo ano que chega,

César, Isabel e Pedro

23 dezembro 2017

Os atletas mais populares de 2017

A tabela abaixo mostra os atletas mais populares de 2017, segundo este levantamento realizado pela ESPN.

São seis tenistas, cinco jogadores de futebol e quatro jogadores de basquete e golfe. Dez são dos Estados Unidos e dois brasileiros. Os valores de salários e recebimentos de publicidade estão em US$ milhões. A popularidade na rede está em milhões (de links e seguidores). Quando somamos os valores dos salários com a publicidade temos uma média de 45 milhões de dólares, sendo o menor valor 12,7 milhões (Kaká) e o maior 92 milhões (Ronaldo).

Fazendo uma relação entre os ganhos e a exposição temos que cada um milhão em exposição (likes ou seguidores em rede social) acrescenta quase 200 mil dólares na conta bancária. A exposição explicaria cerca de um quarto dos vencimentos. (Aqui é difícil dizer se o salário traz exposição ou se a exposição aumenta o salário).

O gráfico abaixo mostra a relação. Messi e LeBron receberiam muito pelo número de seguidores que possuem. Neymar e Ronaldo estariam dentro de um padrão normal estimado pelo modelo.

22 dezembro 2017

Efeito da Automação

o advento de veículos sem motoristas totalmente automáticos terá um tremendo impacto em nossa sociedade, trazendo mudanças fundamentais para todos os sistemas econômicos e sociais. Quando os novos sistemas de transporte sem condutor entrarem em operação, eles se tornarão um importante meio de transporte para pessoas idosas nas áreas rurais. Nas áreas urbanas, o número de carros de propriedade para uso pessoal irá diminuir acentuadamente, eliminando o congestionamento e a necessidade de espaços de estacionamento. As pessoas poderão usar os serviços de compartilhamento de carro sempre que necessário. Que tipo de sistema de transporte devemos construir quando os veículos totalmente automatizados se tornam a norma? Como devemos mudar a paisagem urbana, incluindo o uso da terra e como devemos redesenhar os sistemas econômicos e sociais?

Leia aqui

Som da sexta: 🎄.

Uma ótima adaptação de "Baby It's Cold Outside":


21 dezembro 2017

Dez maiores operações de fusão/aquisição

As dez maiores operações de fusão/aquisição:

10. Exxon + Mobil (1998) - Petróleo - 80 bilhões

9. Compra da Time Warner pela AT&T (2016) - Mídia = 85 bilhões

8. Compra do ABN Amro pelo RFS Holding (2007) - Financeiro - 98 bilhões. Sendo RFS igual a Royal Bank of Scotland (RBS) Santander e Fortis.

7. Fusão da Heinz com a Kraft (2015) - Alimentos - entre 70 a 100 bilhões

6. Compra da Warner-Lambert pela Pfizer (1999) - Medicamentos - 112 bilhões

5. Compra da SABMiller pela Anheuser-Busch InBev (2015) - Bebidas - 130 bilhões

4. Fusão da Dow Chemical com a DuPont (2015) - 130 bilhões

3. Compra de 45% da Verizon Wirelles pela Verizon Communications (2013) - 130 bilhões

2. Compra da Time Warner pela AOL (2000) - Mídia - US$ 165 bilhões em ações

1. Compra da Mannesman pela Vodafone (1999) - Telefonia

Fonte: via aqui

Incêndio e a responsabilidade empresarial

Há algumas semanas, um grande incêndio destruiu casas, matou 43 pessoas e atingiu parques na Califórnia. Ontem, surgiu uma notícia que o incêndio pode ter sido provocado por uma empresa, a Pacific Gas and Electric. A reação imediata do mercado: queda no preço das ações, que estariam quase 40% menor que no início do desastre.

As empresas de seguros calculam os prejuízos em 9 bilhões de dólares, por enquanto. Se ficar provado a culpa da empresa, a conta já tem um destino. Ainda ontem, a empresa fez uma reunião do Conselho de Administração e através de um comunicado suspendeu os dividendos trimestrais devido as “incertezas relacionadas às causas e passivos potenciais associados aos incêndios extraordinários de outubro de 2017 na Califórnia do Norte.” Parte da culpa da empresa pode estar nas ações preventivas não adotadas, que reduziu custos e aumentou valor para o acionista, antes dos problemas.

Aparentemente a cobertura que a empresa possui talvez não seja suficiente para cobrir os danos. Mas a Pacific é uma empresa com receitas de 17,7 bilhões de dólares e ativos de quase 70 bilhões, empregando mais de 20 mil pessoas. Ou seja, talvez tenha condições de sustentar um problema.

2017, segundo o Google

Buscas

1) Big Brother Brasil
2) Tabela do Brasileirão
3) Enem
4) Marcelo Rezende
5) O Chamado
6) FGTS
7) Sisu
8) Furacão Irma
9) Despacito
10) A Fazenda

Por quê?

1) Por que o Brasil não está na Copa das Confederações?
2) Por que Zeca vai ser preso?
3) Por que o Evaristo saiu do Jornal Hoje?
4) Por que Claudia Leitte saiu do The Voice?
5) Por que Pedro Bial saiu do BBB?
6) Por que o Marcos saiu do BBB?
7) Por que não comer carne na Sexta-Feira Santa?
8) Por que no Brasil não tem furacão?
9) Por que os furacões recebem nomes femininos?
10) Por que a Catalunha quer se separar da Espanha?

Perdas

1) Marcelo Rezende
2) Márcia Cabrita
3) Chester Bennington
4) Teori Zavascki
5) Chris Cornell
6) Marisa Letícia
7) Marcos Tumura
8) Jerry Adriani
9) Lil Peep
10) Paulo Silvino

Músicas

1) Despacito
2) Deu Onda
3) Trem-Bala
4) Paradinha
5) Vai Embrazando

Como fazer?

1) Como fazer ovo de páscoa?
2) Como fazer jejum intermitente?
3) Como fazer crepioca?
4) Como fazer bacalhau?
5) Como fazer spinner?

Acontecimentos

1) Brasileirão
2) Furacão Irma
3) Copa do Brasil
4) Coreia do Norte
5) Rock in Rio

Filmes

1) It: A Coisa
2) Velozes e Furiosos 8
3) Liga da Justiça
4) Logan
5) Mulher-Maravilha

Times da Série A

1) Flamengo
2) Corinthians
3) Palmeiras
4) São Paulo
5) Grêmio

O que é?

1) O que é pangolim?
2) O que é Sarahah?
3) O que é TBT?
4) O que é um ábaco?
5) O que é sororidade?

Personalidades

1) William Waack
2) José Mayer
3) Léo Stronda
4) Fábio Assunção
5) Pabllo Vittar

Programas e Séries

1) Big Brother Brasil
2) A Fazenda
3) A Força do Querer
4) 13 Reasons Why
5) A Lei do Amor

Tecnologia

1) iPhone 8
2) Sarahah
3) iPhone X
4) Moto G5
5) Moto G5 Plus

A lista global aqui

Novas Normas são editadas, incluindo de arrendamento

A CVM editou hoje três deliberações que alteram normas contábeis. A Deliberação 788 e 786 irão alterar diversos pronunciamentos emitidos pelo CPC no que se refere as transações em moeda estrangeira e adiantamento. A Deliberação 787 é a mais importante e trata das operações de arrendamento mercantil. Deverá entrar em vigor no início de 2019 (ao contrário das duas outras, que entram em vigor no exercício que começa em dez dias).

Boeing mais Embraer

O jornal The Wall Street Journal divulgou que as empresas Boeing e Embraer estão em processo de negociação para uma futura aquisição por parte da companhia dos Estados Unidos. Enquanto a Boeing é forte no mercado de grandes aeronaves e aviões militares, a Embraer se destaca com aviões de pequeno porte. Ambas as empresas confirmaram a negociação.

A proposta da Boeing parece bastante vantajosa para os acionistas, em razão do elevado prêmio envolvido na transação. Como consequência, as ações da Embraer subiram mais de 10% no mercado acionário. Com uma grande geração de tecnologia, a Embraer é considerada a empresa que traduz o desenvolvimento da indústria brasileira. E este pode ser o grande problema para a negociação, já que o governo brasileiro tem direito a veto. Segundo as notícias, a Boeing poderia se comprometer a adotar algumas medidas para proteger alguns interesses relevantes para o acionista público.

Para a Boeing, o negócio seria uma reação natural de uma provável negociação entre a Airbus e a Bombardier. Assim, a complementariedade dos produtos e o fato das empresas já terem projetos conjuntos fazem com que os “analistas” lembrem da “sinergia”, como é comum neste momento. Isto tudo pode fazer com que o valor da empresa brasileira chegue a 15 bilhões de dólares.

20 dezembro 2017

10 Pessoas que mais ganham dinheiro no You Tube

1. Daniel Middleton - US$16,5 milhões - canal de Games
2. Evan Fong - 15,5 milhões - Games
3. Dude Perfect - 14 milhões - Cotidiano
4. Logan Paul 12,5 milhões - Cotidiano
4. Mark Fischbach - 12,5 milhões - Games
6. Felix Kjellberg (PewDiePie) - 12 milhões - Games
7. Jack Paul - 11,5 milhões - Tecnologia
8. Ryan Toys Review - 11 milhões - Brinquedo
9. Smosh - 11 milhões - Comédia
10. Lilly Singh - $10,5 milhões - Comédia

É interessante a prevalência masculina (somenta Lilly), adultos (exceto Ryan) e a concentração de canais de jogos.

Contadores em Portugal

Li aqui sobre a eleição na Ordem dos Contabilistas Certificados de Portugal. O que achei interessante foi um número: são 70 mil contabilistas registrados. Segundo os dados do CFC, no Brasil seriam 529 mil profissionais.

A questão é que a população brasileira é 20 vezes maior que a portuguesa. E crescendo a diferença. Enquanto que a relação de profissionais é de 7,55 vezes. Ok, talvez a população não seja o índice mais correto. Seria o PIB? Aqui a economia brasileira é 8,76 vezes. Mas devemos lembrar que estamos na pior recessão da história econômica do país.

Missão e visão nas universidades do mundo

Durante três anos trabalhei na área de planejamento da minha universidade (entre 2014 a 2016). Uma das tarefas foi fazer o planejamento e, neste, uma declaração de missão e visão. Usando o método desenvolvido pelo professor Gileno Marcelino, chegamos a uma conclusão.

Agora, um pesquisador argentino fez um levantamento global das missões e visões das universidades. Apesar de não estar mais trabalhando na área, o resultado despertou interesse pelos padrões encontrados. Foram 338 declarações de missão e 291 de visão. Foram diversas conclusões, mas gostaria de destacar a ausência de elementos quantitativos, a ausência de semelhanças com as empresas privadas, o fato dos enunciados da América do Sul serem mais longos e os termos mais usados foram "pesquisa, universidade, mundo, conhecimento e educação".

Resenha: Projeto Desfazer

O livro de Michael Lewis narra a história de dois grandes cientistas, Amos Tversky e Daniel Kahneman. Estes dois judeus se conheceram em Israel, onde eram professores universitários. Entre o final da década de sessenta e durante a década de setenta elas desenvolveram uma profunda amizade e parceria. Ambos serviram no exército do seu país, Amos na linha de frente e Daniel como psicologo. O primeiro era considerado o “gênio” da dupla e o lado otimista; Danny era retraído, um pessimista. Certa vez um psicologo da Universidade de Michigan criou um teste de inteligência: quanto antes você perceber que Amos é mais inteligente que você, mais inteligente você é.

Nos primeiros trabalhos, as pesquisas eram feitas de forma conjunta. A tal ponto que para decidir qual o nome apareceria primeiro num determinado artigo, a decisão foi tomada em um cara ou coroa. No artigo seguinte a ordem foi alterada. Ambos buscaram estudar como o comportamento das pessoas não era racional. Usando exemplos simples, pesquisaram entre estudantes e pessoas com muitos anos de estudos e perceberam que os erros que cometiam eram comuns. Mas isto era contrário a ideia existente na época que o ser humano usava sua mente para tomar a decisão correta e mais racional. Posteriormente expandiram suas ideias para outras áreas, incluindo a medicina e a economia. Incluindo Richard Thaler, que conhece ambos no final da década de 70.

Nos anos oitenta o trabalho de ambos começou a ser aceito e analisado com atenção por diversos especialistas. A mudança de ambos para a América do Norte de certa forma separou a dupla; enquanto Amos começava a receber os louros pelas pesquisas, Danny obteve guarida no Canadá, numa universidade de menor préstigio. Mas o efeito começa a aparecer nas decisões dos pilotos de um avião, no exército, na medicina, na economia e assim por diante.

Anos depois da ruptura, Amos descobre um câncer que seria fatal. Mesmo com o distanciamento, Danny foi a segundo a ser comunicado, o que mostra que a ligação entre os cientistas ainda existia.

Vale a pena? - Para quem deseja saber a história das economia comportamental (ou finanças comportamentais) é um livro imperdível. Para entender o assunto, outras obras são mais interessantes na explicação. Mas Michael Lewis, autor de Moneyball e outras obras de sucesso, consegue prender o leitor, buscando apresentar as principais ideias de maneira simples e didática.

19 dezembro 2017

Medindo a eficiência do setor público

Um artigo mostrando como a avaliação de empresas pode ser usada para analisar a eficiência do setor público.

Esta pesquisa tem como propósito demonstrar como a ferramenta de avaliação de empresas, pelo método do fluxo de caixa descontado, pode ser utilizada com a finalidade de avaliar a qualidade dos gastos públicos realizados sob a forma de investimentos em empresas estatais. A pesquisa consistiu em um estudo de caso de uma empresa brasileira do setor de energia elétrica, a CEB Distribuição S.A., subsidiária integral de uma sociedade de economia mista. O valor da empresa foi calculado com base em premissas determinadas a partir da análise do desempenho histórico da entidade e projeções macroeconômicas obtidas de outras fontes. Ressalta-se que foram utilizadas somente informações disponíveis ao público. O valor obtido como resultado indica que a entidade analisada não está gerando o retorno financeiro desejável em vista dos recursos públicos nela investidos e permite inferir que o valor recuperável do investimento da controladora nessa empresa é menor do que o valor contábil reconhecido. Essa conclusão pode servir como guia de ação na área pública, pois demonstra a necessidade de melhoria da qualidade dos gastos públicos realizados na empresa analisada, situação que pode se estender a outras empresas estatais brasileiras. Desta forma, sugere-se que sejam realizadas pesquisas utilizando esta metodologia para analisar outras empresas estatais do país.

Leia o artigo aqui

AVALIAÇÃO DE EMPRESAS ESTATAIS E A EVIDENCIAÇÃO DA QUALIDADE DOS GASTOS PÚBLICOS: O caso da CEB Distribuição S.A. Amanda Guimarães Teixeira Silva Schmidt, César Augusto Tibúrcio Silva

ICO e IPO

Uma explicação da diferença entre ICO e IPO

Um ICO é semelhante a um IPO [Oferta Pública de Ação], mas os compradores não conseguem nada além dos tokens digitais - nenhuma propriedade na empresa (ao contrário do que oferece um IPO), nenhuma promessa de qualquer tipo, nenhuma participação em nada, nem mesmo falsas promessas de livre futuros produtos. (...)

O acordo de compra que os compradores da ICO devem assinar afirma isso de forma muito clara e explícita:
Os Tokens EOS não têm quaisquer direitos, usos, finalidades, atributos, funcionalidades e recursos, expressos ou implícitos, incluindo, sem limitação, qualquer uso, finalidade, atributos, funcionalidades e recursos na plataforma EOS.

Então qual a razão da febre por ICO? A expectativa que o preço irá aumentar em razão da escassez. E isto tem ocorrido, já que o preço realmente aumentou nos últimos dias. A questão é que esta venda tem sido feita fora do sistema usual do mercado de capitais. Mesmo com esta questão ilegal, há uma estimativa de receita de venda de 4 bilhões de dólares em 2017.

Mas os reguladores começam a reagir. A CVM e o Banco Central já se pronunciaram sobre o assunto. Recentemente a SEC interrompeu uma das vendas, da Munchee.

Horário de Verão

Com os estudos mostrando que o horário de verão não possui mais os efeitos econômicos propalados, o governo federal decidiu mudar esta invenção, adaptando aos novos tempos. Um decreto de 15 de novembro (DECRETO Nº 9.242, que modifica o Decreto nº 6.558, de 8 de setembro de 2008), mas publicado no dia 18, diz o seguinte:

Art. 1º Fica instituída a hora de verão, a partir de zero hora do primeiro domingo do mês de novembro de cada ano, até zero hora do terceiro domingo do mês de fevereiro do ano subsequente, em parte do território nacional, adiantada em sessenta minutos em relação à hora legal.


Ou seja, no próximo ano o horário de verão será mais curto. Mas continuará existindo...

18 dezembro 2017

Curso de Extensão

Cursos de extensão - Teoria da Contabilidade/Métodos Quantitativos Aplicados à Contabilidade, na Universidade de Brasília. O participante poderá realizar a inscrição diretamente no SIEX, aqui. Maiores informações aqui. Evento gratuito.

Teoria da Contabilidade - inscrições até 14/01/2018; Realização: de 15/01/2018 a 26/01/2018.

Métodos Quantitativos Aplicados à Contabilidade - inscrições até 28/01/2018; Realização: de 29/01/2018 a 09/02/2018.

A questão do Reconhecimento da Receita nas Incorporadoras

Segundo o Valor Econômico (CVM vai manter forma de registro de receita, Fernando Torres, 18 de dezembro de 2017, B3), a área técnica da principal entidade reguladora do mercado de capitais deve manter a posição com respeito ao reconhecimento da receita das incorporadoras.

Quando o Brasil decidiu adotar as normas internacionais de contabilidade, um dos pontos polêmicos, para as empresas brasileiras, correspondia a questão de quando uma empresa na área de construção civil deveria reconhecer a sua receita. Anteriormente, prevalecia a noção de que a receita deveria ser reconhecida ao longo da obra, seja através de um cronograma físico ou financeiro. Assim, se uma construção tivesse uma duração de 28 meses, o reconhecimento da receita seria ao longo deste período de tempo. A grande vantagem desta regra é suavizar a receita, que não seria contabilizada num momento específico do tempo, mas em parcelas. A desvantagem é o fato de que a possibilidade de existir manipulação no reconhecimento seria muito maior. Mas a norma internacional está preocupada com o “fato gerador”. Apesar da norma internacional conduzir ao reconhecimento no principal momento, que seria na entrega das chaves, o Brasil optou por permanecer com a regra anterior. O resultado é que em razão disto, e outras coisas mais, o Brasil nunca, efetivamente, adotou as IFRS.

Casos como estes não resolvidos num comitê do Iasb criado para tratar de regras específicas. Trata-se do IFRIC, que em setembro, após uma consulta do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) emitiu uma decisão contra a interpretação brasileira, indicando que o país deveria reconhecer a receita na entrega das chaves. Isto provocaria uma grande modificação na receita das incorporadoras, provavelmente postergando um grande volume de receitas para os próximos exercícios. Assim, se o país adotasse a decisão do IFRIC as incorporadoras poderiam ter, num primeiro momento, um grande prejuízo.

Entretanto, a posição da CVM foi recorrer da interpretação do comitê de normas. Segundo a CVM, a resposta do IFRIC não corresponde à pergunta realizada e as premissas existentes no mercado brasileiro. É interessante que o Brasil possui bons representantes no Iasb que poderiam repassar a posição da CVM. Ao adotar esta postura, a CVM não reconhece a autoridade do IFRIC no Brasil. Segundo afirmou José Carlos Bezerra, o responsável pelas normas contábeis da CVM, “O IFRIC não cria normas”.

Esta posição é um reflexo dos pontos negativos em adotar as normas do Iasb. E também é um dos aspectos usados pelos Estados Unidos ao decidir em ir com cautela num movimento de adoção plena de normas internacionais. Decidir adotar as normas internacionais é assinar um compromisso com uma entidade internacional, sem fins lucrativos, mas sem relação com o país. No momento que o Brasil optou por adotar as normas internacionais poucos foram aqueles que destacaram este aspecto.

Talvez a longo prazo isto não tenha nenhum efeito, exceto pelo fato de que a apuração do resultado é base para diversos pagamentos, inclusive de impostos e dividendos. Além disto, a mensuração de receita e do lucro é usada na análise do desempenho de uma entidade. Assim, a discussão é importante para as incorporadoras. O ideal seria tentar mensurar o potencial efeito das duas posições.

17 dezembro 2017

Insider na OGX punido pela CVM

A Comissão de Valores Mobiliários puniu, esta semana, o uso de informações privilegiadas com ações da OGX Petróleo e Gas entre 2011 e 2012. Durante este período, um investidor aparentemente usou informações privilegiadas para comprar ações instantes antes da divulgação de notícias sobre a empresa.

Dois pontos chamam a atenção da condenação: as operações foram há mais de cinco anos e a pessoa condenada não foi o empresário Eike Batista, mas o funcionário da OGX, Iwao Juoti. Apesar de Iwao não ser um gestor da empresa, aparentemente ele tinha acesso à informação que seria divulgada no mercado. Ele também não tinha histórico de investir em ações e opções, sendo leigo no assunto, mas acertou na data da compra, às vesperas da divulgação de informações sobre a empresa.

A CVM impôs uma multa correspondente a duas vezes o valor nominal (sem correção) do lucro obtido.

Novo Basileia

O acordo sobre Basileia IV deve ajudar a melhorar a confiança no capital dos bancos, no quadro regulatório e deverá facilitar a comparabilidade dos rácios de capital, bem como, em última instância, exigir que alguns bancos detenham níveis mais altos de capital, diz a Fitch Ratings (...)

O acordo demorou a ser fechado porque havia discordância dentro do Comité de Basileia em relação a um aspecto crítico da série de reformas da Basileia IV – o chamado output floor que diz até que ponto os bancos podem usar os seus próprios modelos para calcular o risco dos seus empréstimos em balanço.

O acordo, anunciado na quinta-feira passada, deixará de permitir o uso de alguns modelos internos de avaliação de risco e crédito para cálculo dos requisitos mínimos de capital, e estabelece um permanente “patamar mínimo” (output floor) a nível consolidado que restringirá a capacidade dos bancos de usar modelos para gerar requisitos de capital muito baixos. Os ativos ponderados pelo risco baseados em modelos internos não serão autorizados a ficar abaixo de 72,5% das abordagens padronizadas atualizadas, diz a Fitch. (...)

A avaliação do impacto, segundo a Fitch, incluiu a maioria das mudanças ao nível do risco de crédito e sugere que, no total, 71 grandes bancos internacionais precisarão de 27,6 mil milhões de euros do novo capital Common Equity Tier 1 (CET1), uma vez que é esperado uma quebra do capital de 60% nos bancos globalmente importantes da Europa (G-SIBs, tendo em conta os balanços patrimoniais do final de dezembro de 2015).

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16 dezembro 2017

A quem interessa a restrição no uso do dinheiro?

As autoridades reguladoras de diversas partes do mundo impõe limites para o volume de dinheiro que uma pessoa pode carregar. Agora, na Europa, há um projeto de lei limitando a quantidade de dinheiro que um cidadão pode ter sem que seja considerado suspeito: 10 mil euros. Além disto, as pessoas devem declarar somas em poder quando entram e saem da comunidade europeia.

A justificativa é sempre a mesma: atividade criminosa (foto ao lado, as malas encontradas num apartamento de Salvador). As pessoas que andam com muito dinheiro em espécie, geralmente estão praticando alguma atividade criminosa, como lavagem de dinheiro, terrorismo ou corrupção. Assim, as normas tem a finalidade de combater o crime e as normas possuem essa finalidade.

Enquanto isto, a lavagem de dinheiro feita através de instituições financeiras localizadas em paraísos fiscais, como Panamá, Suíça ou Luxemburgo, é tolerada. Parece incoerente. Mas talvez o problema esteja no fato de que as autoridades não apresentam todos os motivos que levam a impor restrições ao uso do dinheiro vivo.

Em alguns países desenvolvidos, o dinheiro em espécie ainda é muito usado como meio de pagamento. É o caso da Alemanha, onde a população ainda tem restrição no uso do cartão de crédito ou de débito. Assim, as medidas restritivas ao transporte de dinheiro físico também é uma forma de reduzir esta resistência ao meio eletrônico de pagamento.

A moeda corrente possui alguns “inconvenientes” e estas medidas restritivas podem ajudar a combatê-los. O blog Wolf Street cita quatro. Em primeiro lugar, o dinheiro físico não tem intermediário, seja ele um banco ou uma gestora de cartão. Como consequência, não é possível cobrar uma percentagem em cada transação, como ocorre com as transações com cartão de crédito ou de débito. Segundo, o dinheiro impede o controle do governo e das companhias. Quando você usa seu cartão para fazer uma compra, a administradora fica sabendo dos seus gostos e hábitos. E esta informação é valiosa. Isto inclui pagamentos de noitadas em motéis, inferninhos, consumo de bebida, viagens de turismo e muito mais. Este é o terceiro ponto: a privacidade do dinheiro impede e restringe a liberdade pessoal. Finalmente, o dinheiro pode limitar a experimentação monetária dos governos.

A comodidade do pagamento eletrônico possui um preço.É alto para você?

15 dezembro 2017

Nota: orçamento CFC 2018

 Por Eliedna Barbosa

Em tempos de crise, quando tanto se fala em cortar gastos, termos como eficiência, governança no setor público, accountability, são ressaltados. Contudo, parece que o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) sinaliza dificuldades em fazer o dever de casa.

O CFC publicou essa semana a Resolução CFC N.º 1.535/2017 que aprovou sua proposta orçamentária para 2018, no montante de R$ 74.656.700,00, gerando um aumento de mais de 7,4 milhões ou 11% nos gastos em relação ao orçamento vigente, que é de R$67.175.000,00. Cabe destacar que, desse valor acrescidos para 2018, mais de 5,7 milhões foram só na despesa “Serviços”.

Mas, o que chamou a atenção foi que no final do mês passado, o CFC divulgou que os valores das anuidades, taxas e multas devidas aos Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs) para o exercício de 2018 não foram reajustados, justificado pela crise econômica que afeta o país.

Diante dos fatos, fica a pergunta: como aumentar mais de 11% no orçamento, um percentual muito acima da inflação do período, quando suas receitas, basicamente, serão as mesmas do ano anterior?