Páginas

20 novembro 2017

Número ruins - ainda - de emprego no setor contábil

O Ministério do Trabalho divulgou hoje os dados do mercado de trabalho formal no Brasil. Como tem ocorrido nos últimos meses, temos acompanhado o setor contábil, através do mercado de contadores e auditores, técnicos em contabilidade e escriturários. Nos jornais a manchete de que foram criadas mais de 70 mil novas vagas na economia.

A figura a seguir mostra o comparativo entre a economia e o setor contábil. Para fazer esta comparação, dividimos os números da economia por 100. Como já era notado nos meses anteriores, o comportamento do mercado de trabalho na contabilidade não acompanhou o que está ocorrendo na economia. Pelo contrário, o número de demitidos continua superando o número dos admitidos. Em outubro foram 7688 versus 8199, aumentando para quase 38.500 o número de vagas destruídas desde janeiro de 2014. A diferença é tão grande entre os números da economia e do setor contábil que começamos a achar que a crise é estrutural do setor.

Os números de outubro de 2017 do setor contábil são parecidos com os do ano passado, quando a economia estava em recessão. A exceção do saldo, cuja diferença reduziu bastante, mas ainda continua negativo. 

Um aspecto que merece destaque: um segmento onde a contratação superou a demissão foi entre os profissionais de nível superior incompleto ou nível superior completo.

2 comentários:

  1. O problema me parece ser estrutural mesmo, com o advento da contabilidade online, tenho visto várias empresas caminharem para esse tipo de serviço.
    Como o serviço vendido pelos escritórios de contabilidade é o de escrituração fiscal e não a contabilidade em si, os escritórios online estão tirando os clientes dos escritórios tradicionais. E acho que vai piorar quando houver a reforma tributária.

    Esses dados valem uma pesquisa maior e de cunho mais científico. Pode estar se desenhando o futuro de profissão nesse momento.

    ResponderExcluir
  2. Pode ser, mas acho difícil "provar" isto agora. Talvez com mais alguns meses.

    ResponderExcluir