Desde o advento dos smartphones, os consumidores vêm tendo de se conformar com o fato de que não controlam os softwares de seus dispositivos. Têm apenas licença para utilizá-los. Mas, com os controles digitais apertando o cerco com número cada vez maior de engenhocas e traquitanas, dos automóveis e termostatos aos brinquedos eróticos, determinar quem é dono de quê e quem controla o quê está se tornando problemático. Os consumidores precisam tomar consciência de que alguns de seus direitos de propriedade estão sob ameaça.
O texto foi traduzido do The Economist e publicado no Estado. Para a contabilidade, o assunto tem um grande interesse. Originalmente, o conceito de ativo estava atrelado a sua propriedade. Recentemente, o entendimento era que o relevante seria "captar" o fluxo de caixa. As recentes mudanças nas normas de leasing mostram que o assunto ainda não está pacificado. O que o texto mostra é que a existência de softwares por um lado permite ter um produto de maior qualidade e funcionalidade. Mas por outro, restringe seu uso.
Tais intromissões deveriam servir para lembrar às pessoas de que elas devem zelar por seus direitos de propriedade. Os consumidores precisam brigar por seu direito de manipular como bem entenderem as coisas de que se tornam proprietários, modificando-as se o desejarem.
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