Um livro de divulgação científica, como é o caso deste Hit Makers, geralmente parte de uma ideia central, usa algumas boas histórias, tenta enquadrar tudo na ideia apresentada e termina com algumas dicas para o leitor. Que já leu Malcom Gladwell, Ariely, Freakonomics e outros sabe como isto funciona.
O objetivo do livro é tentar entender o segredo de alguns produtos que as pessoas gostam, como uma música, um filme ou um livro, e a razão de ideias similares falharem. A resposta, segundo o autor, é uma mistura de situações conhecidas recheadas de algumas novidades. Pegue o exemplo do filme Star Wars. O roteiro do filme foi muito inspirado em lendas; assim, para o espectador, o filme tem algo de familiar, um roteiro que ele sabe que já viu anteriormente. Mas também tem novidades: lenda com uma guerra espacial. Nas palavras do autor, neofílico e neofóbico. O primeiro termo é o interesse pelo novo; o segundo, é o pavor as inovações. Parece contraditório, mas o autor afirma que não.
O objetivo é interessante e a teoria parece acreditável. Falta rechear isto com casos. E o livro conta alguns interessantes. A história do pintor Caillebotte, um impressionista que sem querer fez a fama de Monet, Renoir, Degas, Cézanne, Manet, Pissaro e Sisley. Mas como Caillebotte era rico e não precisava da pintura para viver, produziu pouco,não importando em “vender” sua arte, ao contrário dos pintores citados. Caillebotte é um ótimo pintor, mas é pouco conhecido. A seguir, a história da música e dos compositores atuais, que “parece” que descobriram a fórmula do sucesso. O caso da televisão também é interessante, já que o autor faz um vínculo com a internet.
E assim, de caso em caso, o autor tenta provar sua teoria sobre o que leva um “produto” ou “ideia” ser um campeão: a playlist do Spotify, das pesquisas de Gallup sobre audiência, do Facebook, da MacDonald´s, etc.
Vale a pena? - O interessado em entender a razão do sucesso de Karl Martin (quem?) pode achar interessante o livro. Que gosta de algumas boas histórias também. Mas honestamente não fiquei muito convencido que a resposta do autor é ampla o suficiente para explicar todos os casos de sucesso.
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