Um dos mais proeminentes dirigentes do futebol na Europa, Ángel María Villar, presidente da federação de futebol da Espanha, vive dias complicados. Preso junto com seu filho, Gorka Villar, desde julho por diversas irregularidades, entre elas pagamentos irregulares e desvio de dinheiro da Federação Espanhola (RFEF), a história ganhou mais um capítulo nefasto nesta semana. Em uma ligação gravada, Gorka admite que a contabilidade da federação foi maquiada para esconder prejuízos.
Segundo o jornal El País, as contas foram maquiadas para mostrar lucro de € 2 milhões, quando na verdade deveriam mostrar um saldo negativo de seis ou sete milhões de euros. O filho do dirigente ajuda a organizar um esquema de pagamentos para compra de apoio a Ángel Maria Villar, que tinha inclusive o cargo de um dos vice-presidentes da Uefa.
Villar foi suspenso por um ano do cargo de presidente da Federação Espanhola de Futebol, mas se recusa a abdicar do cargo, mesmo tendo passado alguns dias preso, antes de pagar fiança para responder ao processo em liberdade. As acusações que pesam sobre o dirigente são parecidas com o que se faz na CBF, no Brasil: distribuição de dinheiro para dirigentes regionais para garantir o apoio, que fez Ángel María Villar estar no cargo por 29 anos.
Além da compra do apoio, o filho do dirigente, Gorka Villar, também era responsável por articular contratos com fornecedores que, sem nenhuma surpresa, geravam dinheiro que não ia para a federação. Basicamente, pagamento de propina. A polícia espanhola está desmantelando a operação que é feita dentro da entidade que dirige o futebol espanhol.
Por lá, o presidente da federação de futebol acabou na cadeia por uma investigação interna – ainda que ele se recuse deixar o cargo. Aqui, temos Marco Pólo Del Nero, presidente da CBF, que não sai do Brasil com medo de ser preso pelo FBI. Como já mostramos por aqui, ele está citado nos documentos do Fifagate.
Fonte: Aqui
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