No final do mês passado a área técnica da Comissão de Valores Mobiliários decidiu que a empresa Petrobras deveria republicar suas demonstrações contábeis por conta da utilização errônea da contabilidade de hedge. Conforme já previsto, a empresa decidiu questionar a decisão e, segundo noticiado pelo jornal Valor Econômico (Petrobras receberá apoio de auditorias em processo na CVM, Fernando Torres, 29 de junho de 2017, B3) a estatal deverá usar a opinião das empresas de auditoria para se defender da questão. A empresa já tinha contratado um parecer de Eliseu Martins sobre o assunto.
A empresa resolveu adotar da contabilidade de hedge a partir de 2013. Com isto, a influência da variação cambial sobre o endividamento em moeda estrangeira pode ser considerado a parte no patrimônio líquido, sendo reconhecido lentamente conforme a empresa estiver exportando seus produtos. O jornal calculou um valor de 58 bilhões negativos nos resultados de 2013 a 2015, e de 33 bilhões, positivo, no de 2016.
Além das dúvidas se a empresa pode ou não adotar a contabilidade de hedge, as demonstrações contábeis da empresa não representam a realidade da empresa. Há muitas dúvidas sobre como a empresa tratou as questões relacionadas com a corrupção.
(Imagem: daqui)
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