O Jornal Nacional anunciou com estardalhaço que o orçamento da Universidade de Brasília sofreu um corte de 45%.
Dois problemas sérios com esta notícia. O primeiro é que o orçamento não foi reduzido neste montante. Basicamente uma universidade possui a grande parte do seu orçamento vinculado ao pagamento de pessoal. Isto deve ultrapassar a 80% do orçamento. Neste grupo não teve corte. Os dois outros, investimento e outras despesas correntes, ficam com o restante. Imagine um orçamento de 1,5 bilhão sendo 1,2 de despesa com pessoal. Para que o corte tenha sido de 45% o orçamento deveria ser de R$825 milhões. Como os salários não estão atrasados, nem a conta de luz, o número é enganoso.
O segundo problema: não foi informado que no ano anterior a UnB recebeu um valor a mais do MEC. Parte deste valor foi empenhado em despesas de 2017. Assim, comparar o ano de 2017 com o ano anterior não é adequado, já que em 2016 o orçamento estava com valores em ODC (outras despesas correntes) num valor alto.
Importante é que o Temer caia. A verdade? Os Doutores que se preocupem com ela...
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