Fato: Regulamentos para o bem
Data: 26 junho e 29 de junho
Contextualização - Somos uma nação com milhares de normas; muitas delas, imprestáveis, que foram criadas para prejuízo da sociedade como um todo; outras foram concebidas para propiciar uma vantagem futura do legislador e seus aliados; e outras foram criadas com boa intenção, mas de boa intenção o inferno está cheio. Esta semana tivemos dois casos onde regras anunciadas para o bem.
O primeiro refere-se ao anuncio de que a empresa Petrobras poderá anunciar mudanças diárias no preço. A pergunta que surge imediatamente: ela não podia? Parece que não; e quem criou esta norma visou fazer populismo com o dinheiro do acionista da empresa.
O segundo foi o anúncio de que o comerciante poderá vender a prazo por um preço diferente do preço à vista. Aqui o populismo atendeu os interesses daqueles que usam o cartão de crédito, esquecendo que algumas pessoas preferem comprar à vista. Uma norma do passado que se espera que seja definitivamente enterrada.
Relevância - Permitir que a Petrobras possa ter liberdade para movimentar os preços é uma forma de melhorar sua gestão. Num próximo estágio seria interessante sua privatização e a entrada de concorrentes no mercado.
As regras criadas para uma parcela da população não podem prejudicar os demais. É o caso do tratamento igualitário das vendas com cartão de crédito; existe um financiamento da venda e as pessoas que preferem comprar à vista são prejudicadas. (Além disto, geralmente as pessoas gastam menos quando compram à vista; estimular a venda com cartão é ruim para as finanças pessoais)
Notícia boa para contabilidade? Talvez sim, se estivermos caminhando para uma redução nos custos de se fazer negócios no Brasil.
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