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04 julho 2017

Análise superficial

Segundo o jornal Estado de S Paulo, o TCU irá julgar amanhã o caso do frigorífico Independência, de 2008. A empresa teria apresentado informações enganosas ao BNDES, não revelando sua situação falimentar, e a instituição financeira estatal aprovou um empréstimo. O TCU considera, segundo o jornal, que a administração do BNDES foi negligente na aprovação do empréstimo, pois “tinham condições de detectar a iminente possibilidade de insolvência da empresa”.

Em 2008 o Independência obteve um empréstimo sob a forma de subscrição de ação no valor de 250 milhões de reais. O empréstimo saiu no final de 2008 e em fevereiro do ano seguinte a empresa pediu recuperação judicial e depois faliu.

O TCU alega que o frigorífico entregou ao banco demonstrativos que não refletiam sua situação econômico-financeira e ocultavam, por exemplo, que as necessidades de caixa eram para financiar perdas com derivativos, fruto de operações consideradas de alto risco no mercado financeiro.

“A despeito de terem sido apresentados documentos e informações que não revelavam, de imediato, a verdadeira condição econômico-financeira, o BNDESPar (...) tinha condições de avaliar a situação financeira delicada da companhia”, diz trecho da auditoria.

O BNDESPar considera que foi enganado por uma “fraude contábil”. O TCU afirma que a instituição fez uma análise superficial da solicitação.

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