No dia quatro fizemos uma postagem sobre as dificuldades do Banco Popular, uma instituição bancária da Espanha, a quinta maior daquele país. Neste ínterim, o Banco Central da Europa constatou a inviabilidade do Popular. Além disto, nos últimos cinco dias o Popular perdeu metade do seu valor e a Comisión Nacional del mercado de Valores (CNMV) suspendeu as negociações de suas ações. A instituição começou a sofrer com a desconfiança do mercado e a falta de liquidez, segundo um comunicado da Junta de Resolución Bancaria europeia.
Santander, Bankia e CaixaBank tinham demonstrado interesse em ficar com a instituição, mas o único de apresentou uma oferta que atendia os requisitos foi o Santander. Com isto, o Popular foi vendido por um euro para o Santander. A operação não irá necessitar de dinheiro do contribuinte espanhol. Para o Santander, ficar com os clientes do Popular terá um custo, já que é necessário reforçar seu capital e vencer a desconfiança. A previsão é que o Santander aumente seu capital em 7 bilhões de euros, cerca de 26 bilhões de reais.
A não utilização do dinheiro público foi destacado por uma das autoridades que participaram do negócio, Elke König: “A decisão tomada hoje salvaguarda os depositantes e as funções críticas do Banco Popular. Isto mostra que os instrumentos dados às autoridades de supervisão depois da crise são efetivas para evitar o uso do dinheiro dos contribuintes no resgate a bancos”.
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