Segundo dados do Ministério do Trabalho, divulgados esta semana e coletados por este blog, o problema do desemprego no setor contábil continua. No mercado de trabalho formal foram contratados 8.221 profissionais em março e demitidos 9.790, indicando uma variação negativa de 1.569 vagas.
É interessante lembrar que em janeiro de 2017 tivemos o primeiro mês com criação de vagas no mercado de trabalho formal do setor contábil desde outubro de 2015. Em fevereiro foi a vez dos dados globais apresentarem criação de vagas, a primeira desde março de 2015. De 2014 para cá foram quase 3 milhões de vagas de empregos que foram destruídas na economia brasileira. No setor contábil foram 33.450 vagas a menos de janeiro de 2014 até março de 2017.
Assim, a reversão de tendência ocorrida em janeiro no setor contábil (e em fevereiro na economia) parece muito mais algo passageiro. Os números do mês são ruins: o salário dos demitidos é 22% mais alto do que o salário dos admitidos e o tempo médio de emprego dos demitidos está aumentando (36,83 meses em média) indicando que a crise também ocorre nos funcionários com maior experiência de trabalho. O pior é que o número de demitidos foi sempre maior do que os admitidos, não importa o gênero, o grau de escolaridade e o tipo de trabalho. Em nove categorias pesquisadas (gênero, escolaridade e tipo), em todas tivemos destruição de vagas de trabalho.
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