O Valor Econômico traz uma análise da situação financeira do grupo Odebrecht. (O texto pode ser acesso aqui, para assinantes). Diante das revelações e da desconfiança do setor financeiro, a empresa trava uma luta pela continuidade. Os processos judiciais representam uma grande saída de caixa, seja em multas, impostos atrasados, além de sinalizar um potencial enorme nos atrasos dos repasses do governo. Reduzindo a entrada de caixa e aumentando os pagamentos, o saldo existente de 17 bilhões de reais pode ser pouco para suportar a crise. O texto também afirma que o balanço deve ser publicado com atraso. E, segundo estimativa deste blogueiro, com um grande prejuízo, já que a empresa deve reconhecer provisões judiciais, perdas de recuperabilidade e resultado negativo na venda de ativos.
Com respeito a este último item, o esforço do grupo é fazer caixa (vide figura acima). É a estratégia do "vão-se os anéis, ficam os dedos". Mas a forma de fazer negócios da empresa precisa ser alterada e este fato também deve ser levado em consideração. Além disto, a Odebrecht virou um nome maldito: fazer negócios com o grupo será visto com desconfiança.
As chances de descontinuidade são grandes neste momento. Uma mudança radical, com a venda do grupo, a saída da família dos negócios, a mudança do nome ou o conjunto destas medidas pode ser a solução possível.
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