A descoberta partiu de uma curiosidade da professora Isabel Cristina Sartorelli. Isabel é doutora em contabilidade e professora adjunta do curso de graduação em administração da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), campus Sorocaba (SP). O trabalho foi concluído em 2016, publicado no fim do ano.
Fonte: aqui
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O Machado de Assis da literatura brasileira, todos conhecem. Mas e o contador, o contabilista? Essa outra profissão de Joaquim Maria Machado de Assis foi confirmada por estudos do professor Eliseu Martins, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (Fearp) da USP, em parceria com sua colega Isabel Cristina Sartorelli, do Centro de Ciências e Tecnologias para a Sustentabilidade da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), em Sorocaba, SP.
Os pesquisadores se debruçaram sobre a vida profissional de Machado de Assis e conseguiram provar sua atuação como funcionário público no Ministério de Viação e Obras a partir de 1889. Nesse ano, Machado tinha apenas 33 anos e, por questões financeiras, decidiu entrar para a vida pública, reconhecendo que seu papel como burocrata seria seu principal meio de sobrevivência. Durante todo o restante de sua vida – ele morreu aos 69 anos -, trabalhou nessa repartição, ocupando várias posições. Chegou até ao cargo de diretor-geral de contabilidade.
O professor Martins conta que o interesse pelo estudo da vida profissional, extraliterária, do escritor veio com a percepção de que alguns de seus contos tinham uma visão mais próxima de questões econômicas e financeiras. “O livro Memorial de Aires, por exemplo, é considerado por biógrafos como autobiográfico. O personagem Aguiar, cuja profissão é de guarda-livros, seria autorretrato de Machado, que também exerceu essa função em 1902 no Ministério de Viação e Obras. Um guarda-livros executa as mesmas tarefas que um contador.”
Outro fato que os estimulou no estudo veio das discordâncias entre os biógrafos quanto à possível carreira de contador. Na busca por comprovações, os professores decidiram analisar os documentos encontrados sobre o cargo público.
Para os professores, uma releitura mais detalhada das biografias do autor pode definir a questão da profissão de Machado, mas a certeza é que “a contribuição para a área de contabilidade é de cunho histórico, pois localizamos o grande Machado de Assis como colega de profissão, o que pode ter impacto grande entre os profissionais da área contábil”, declara Martins.
A pesquisa pode ser encontrada na íntegra neste link.
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O Machado de Assis da literatura brasileira, todos conhecem. Mas e o contador, o contabilista? Essa outra profissão de Joaquim Maria Machado de Assis foi confirmada por estudos do professor Eliseu Martins, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (Fearp) da USP, em parceria com sua colega Isabel Cristina Sartorelli, do Centro de Ciências e Tecnologias para a Sustentabilidade da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), em Sorocaba, SP.
Os pesquisadores se debruçaram sobre a vida profissional de Machado de Assis e conseguiram provar sua atuação como funcionário público no Ministério de Viação e Obras a partir de 1889. Nesse ano, Machado tinha apenas 33 anos e, por questões financeiras, decidiu entrar para a vida pública, reconhecendo que seu papel como burocrata seria seu principal meio de sobrevivência. Durante todo o restante de sua vida – ele morreu aos 69 anos -, trabalhou nessa repartição, ocupando várias posições. Chegou até ao cargo de diretor-geral de contabilidade.
O professor Martins conta que o interesse pelo estudo da vida profissional, extraliterária, do escritor veio com a percepção de que alguns de seus contos tinham uma visão mais próxima de questões econômicas e financeiras. “O livro Memorial de Aires, por exemplo, é considerado por biógrafos como autobiográfico. O personagem Aguiar, cuja profissão é de guarda-livros, seria autorretrato de Machado, que também exerceu essa função em 1902 no Ministério de Viação e Obras. Um guarda-livros executa as mesmas tarefas que um contador.”
Outro fato que os estimulou no estudo veio das discordâncias entre os biógrafos quanto à possível carreira de contador. Na busca por comprovações, os professores decidiram analisar os documentos encontrados sobre o cargo público.
Para os professores, uma releitura mais detalhada das biografias do autor pode definir a questão da profissão de Machado, mas a certeza é que “a contribuição para a área de contabilidade é de cunho histórico, pois localizamos o grande Machado de Assis como colega de profissão, o que pode ter impacto grande entre os profissionais da área contábil”, declara Martins.
A pesquisa pode ser encontrada na íntegra neste link.
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