Saiu no Observador:
O valor de uma bitcoin superou na quinta-feira, pela primeira vez, a cotação de uma onça de ouro. A procura por parte de cidadãos chineses, que usam o anonimato permitido pela moeda digital para contornar as limitações que existem na movimentação de dinheiro, estará a ser decisiva para que a bitcoin esteja a recuperar valor depois das dificuldades vividas em 2014, após o colapso de uma das maiores bolsas de bitcoins, onde estas são transacionadas e registadas.
Uma bitcoin chegou, na quinta-feira, a equivaler a 1.1268 dólares. Não é um máximo histórico, mas é a primeira vez que uma unidade da cripto-moeda supera o valor, em dólares, da unidade de medida mais comum para o ouro, a onça (que cotava quinta-feira nos 1.233 dólares).
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No início do ano, as autoridades chinesas mostraram que não estão distraídas e querem acabar com a utilização da bitcoin para tirar dinheiro do país, de forma ilegal. O facto de a cotação continuar a subir parece indicar que as autoridades chinesas não terão uma tarefa fácil pela frente.
A bitcoin é uma moeda descentralizada e global: descentralizada porque não é regulada por nenhuma entidade oficial; global porque é usada em praticamente todo o mundo [...]. A quantidade de bitcoin (também chamada de oferta, ou supply) é controlada de forma automática por milhares de computadores em todo o mundo, programados para tal.
Quando a moeda foi pensada, o seu criador (ou criadores) Satoshi Nakamoto fê-la para que a oferta fosse deflacionária por natureza, ao contrário de outras divisas cuja oferta é teoricamente ilimitada. Assim, Nakamoto programou o software para reduzir gradualmente a oferta de bitcoins. Um empresário australiano afirmou em 2016 ser o criador da bitcoin, mas a história continua envolta em muito mistério.
Além da utilização para movimentação de dinheiro em moldes ilegais na China, a bitcoin também é aceite por cada vez mais comerciantes em todo o mundo, incluindo a Microsoft, a Dish e a cadeia de restaurantes Subway.
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