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03 fevereiro 2017

Teoria Moderna de Finanças é um lixo!

No artigo abaixo, Eugene Fama diz que boa parte da Teoria Moderna de Finanças é inútil. Segundo ele:

1) Modelos de precificação de ativos não têm validade empírica.
2) Estimar o custo de capital é muito difícil.
3) Beta individual é lixo. Beta de indústria são muito instáveis.
4) Estimativas de prêmio pelo risco não são confiáveis e não têm utilidade prática.
5) Proposições de Modigliani e Miller não têm importância.
 6) Fama também é cético em relação às Finanças Comportamentais.

Acho que isso é novidade apenas para acadêmicos. Traders e fundos de hedge bem -sucedidos já sabem disso há várias décadas. Como acadêmicos não correm riscos no mundo real, eles podem continuar ensinando essas porcarias para seus alunos.

Resumo:

  In a conversation held in June 2016 between Nobel laureate Eugene Fama of the University of Chicago and Joel Stern, chairman and CEO of Stern Value Management, Professor Fama revisited some of the landmarks of “modern finance,” a movement that was launched in the early 1960s at Chicago and other leading business schools, and that gave rise to Efficient Markets Theory, the Modigliani‐Miller “irrelevance” propositions, and the Capital Asset Pricing Model. These concepts and models are still taught at prestigious business schools, whose graduates continue to make use of them in corporations and investment firms throughout the world. But while acknowledging the staying power of “modern finance,” Fama also notes that, even after a half‐century of research and refinements, most asset‐pricing models have failed empirically. Estimating something as apparently simple as the cost of capital remains fraught with difficulty. He dismisses betas for individual stocks as “garbage,” and even industry betas are said to be unstable, “too dynamic through time.” What's more, the wide range of estimates for the market risk premium — anywhere from 2% to 10% — casts doubt on their reliability and practical usefulness. And as if to reaffirm the fundamental insight of the M&M “irrelevance” propositions — namely, that what companies do with the right‐hand sides of their balance sheets “doesn't matter” — Fama observes that “we still have no real resolution on the key questions of debt and taxes, or dividends and taxes. But if he has reservations about much of modern finance, Professor Fama is even more skeptical about subfields now in vogue such as behavioral finance, which he describes as “mostly just dredging for anomalies,” with no underlying theory and no testable predictions. Although he does not dispute that a number of well‐documented traits from cognitive psychology show up in individual behavior, Fama says that behavioral economists have thus far failed to come up with a testable theory that links cognitive psychology to market prices. And he continues to defend the concept of “efficient markets” with which his name has long been closely associated, while noting that empirically based asset pricing models such as his (with Ken French) “three‐factor” CAPM have produced much better results than the standard CAPM.

Fonte: Fama, Eugene F. and Stern, Joel M., A Look Back at Modern Finance: Accomplishments and Limitations (Fall 2016). Journal of Applied Corporate Finance, Vol. 28, Issue 4, pp. 10-16, 2016. Available at SSRN: https://ssrn.com/abstract=2902370 or http://dx.doi.org/10.1111/jacf.12206



2 comentários:

  1. "Acho que isso é novidade apenas para acadêmicos. Traders e fundos de hedge bem -sucedidos já sabem disso há várias décadas. Como acadêmicos não correm riscos no mundo real, eles podem continuar ensinando essas porcarias para seus alunos."

    Pedro, as principais consultorias do mundo usam, de forma generalizada, beta individual, estimam prêmio pelo risco e modelos de precificação de ativos para se chegar ao custo do capital próprio.

    Você concorda com a afirmação de que não há nenhuma utilidade prática?

    Eu concordo que existem diversas falhas, como todo e qualquer modelo (inclusive nos modelos de roupa que vemos na televisão), mas daí a dizer que não tem nenhuma utilidade prática e que os acadêmicos não sabem disso... acho que foi excesso de confiança (um viés comportamental, inclusive).

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    1. Felipe,

      Teoria econômica é uma fábula. Pouquíssima coisa tem utilidade no mundo real. A teoria moderna de finanças é só mais um exemplo disso. O próprio Fama chamou o beta de lixo.

      As empresas que usam essas coisas estão cheias de funcionários oriundos de escolas de negócios que ensinam a moderna teoria de finanças.

      Além disso,vários fundos de hedge não contratam pessoas com formação em finanças e economia. Justamente pq os modelos ensinados não tem utilidade prática. Vide o exemplo da Renassence Tecnlogies.

      Muita gente acha que econometria serve pra modelar dados econômicos-sociais, o que não é verdade. Muita gente acha que Macroeconomia serve pra alguma coisa. Não serve. Vide as críticas de Paul Romer. Finanças comportamnetais tbm não explica o comportamento agregado das pessoas. Apesar de muita gente achar que sim...

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