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01 fevereiro 2017

Mulheres e negócios

Acompanho o site Feminist Frequency, que pesquisa sobre a participação das mulheres. Aqui o relatório anual da entidade, com as realizações e um pequeno fluxo de caixa (afinal somos um blog de contabilidade). Este site também produz vídeos sobre as realizações das mulheres.

Também percebo a grande presença de homens no principal jornal de negócios do Brasil, o Valor Econômico (foto ao lado). Isto é perturbador, quando sabemos que a diretora de redação é mulher, além de termos um dos editores-executivos do sexo feminino (dos três), duas chefes de redação (ou 100%) e cinco repórteres especiais (em onze). Ou seja, quem faz o Valor não é um bando de homens. Mas se o leitor olhar as páginas do jornal, as fotografias são preponderantes do gênero masculino. Na edição de hoje, 28 fotos de homens e um retrato de uma mulher, na seção internacional. Ontem foi um pouco melhor: 23 homens estamparam suas faces no jornal versus 9 mulheres; mas observe que nesta edição tivemos um caderno especial sobre educação continuada, onde das onze fotografias, cinco eram de mulheres. De qualquer forma, em duas edições - eu sei que a amostra é limitada, mas creio que aumentar o número de jornais pesquisados não irá afetar este resultado - 16% das fotografias eram de mulheres.

Será que o jornal não estaria expressando a realidade do mundo dos negócios, onde a grande maioria seria composta por homens? Apesar da crescente participação das mulheres na força de trabalho, acredito que ainda são minoritárias nos cargos de comando no país. Mas isto está mudando. As mulheres já são quase maioria nos cursos de pós-graduação; no curso de contábeis da UnB, por exemplo, 45% dos discentes são mulheres; e no meu departamento são 30% dos docentes. Tudo parece conduzir para o aumento da participação do gênero feminino.

3 comentários:

  1. É um site bem ruim para acompanhar esse tipo de movimento. Sarkeesian não consegue ligar sua crítica e a realidade sem fazer saltos lógicos ou correlações completamente espúrias.

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  2. Rafael, obrigado pelo comentário. Irei observar melhor.

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  3. O maior ponto de atrito do FemFreq são as acusações contra a indústria de games e os jogadores, então a maior parte da análise aprofundada vem desse meio.

    Ironicamente, as réplicas de que ela exacerba diversas situações diferentes como machismo de forma errônea é respondida pelos apoiadores simplesmente como "discordar dessa alegação de machismo é prova de machismo", e isso mata qualquer chance de diálogo racional.

    Leitura Recomendada:

    http://brentcherry.deviantart.com/art/To-Debunk-and-Correct-TvWiVG-DiD-Part-1-479229491 (resto da série na descrição)


    Mais críticas e réplicas:
    https://medium.com/@adrianchm/top-ten-critiques-of-feminist-frequency-726979b690f1#.ecwkqzvyr

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