Uma análise da história da contabilidade no Brasil mostra como o seu desenvolvimento no país também ocorreu nas províncias. Muitos dos eventos escapam das nossas pesquisas pela ausência de documentação, mas temos vários exemplos que indicam a necessidade de não esquecermos das cidades mais distantes da capital do país. Trouxe, na postagem de hoje, alguns exemplos.
Em 1849 o presidente da província de Sergipe sancionou a lei 243, de 30 de março, sobre a instrução secundária, ministrada no Liceu “desta cidade”, onde se teria “um curso completo de commercio, contabilidade, e escripturação mercantil por partidas dobradas, tanto theorica, como praticamente, o qual durará dous anos” (1). É interessante o destaque que é feito no método dasE partidas dobradas, já que na época também se ensinava as partidas simples. No artigo terceiro informa que os alunos aprovados no curso teriam preferência no emprego público (2).
Em Belém, a disciplina de contabilidade, era ensinada no primeiro ano da instrução primária, juntamente com leitura, escrita caligráfica, aritmética, doutrina cristã e história do Brasil (3). Em São Paulo, D. Rita Leopoldina da Silva era diretora de uma escola de mulheres que ensinava escrituração e contabilidade (4). Em Salvador também existia o ensino de contabilidade na mesma época (5).
(1) Publicado no Correio Sergipense, 14 abril de 1849, ano xii, n 25. Trata-se do artigo primeiro da lei.
(2) Idem.
(3) Treze de Maio, 3 de setembro de 1856, ano 17, n 828, p 4.
(4) Correio Paulistano, 24 março de 1857, ano iv, n 519, p 4.
(5) A Epocha, 24 fevereiro de 1859, ano ii, n 44, p 3.
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