Um grande estudo realizado pela Association of Certified Fraud Examiners (ACFE) trouxe algumas conclusões relevantes. O estudo, em PDF e inglês, pode ser encontrado aqui
A forma mais comum de fraude foi a apropriação indevida de ativos, incluindo esquemas relacionados com o faturamento da organização, correspondeu a 83% dos casos relatados e perda mediana de 125 mil dólares. Já as fraudes nas demonstrações financeiras representaram somente 10% dos casos, mas o valor mediano foi de quase um milhão de dólares. Os casos de corrupção representam 35% do total, com perda mediana de 200 mil dólares.
Há uma relação entre o tempo de duração da fraude e seu impacto financeiro.
O método mais comum de descoberta de fraude foi a dica (39%), principalmente nas entidades que tinham “hotlines” (linhas diretas). Mas várias fraudes foram descobertas pela detecção ativa (vigilância, conciliação de contas); neste caso, a perda foi menor do que nos casos onde a detecão foi passiva (notificação de terceiro ou descoberta acidental).
As fraudes ocorreram tanto nas empresas de capital aberto quanto fechado, nas entidades do primeiro, segundo e terceiro setor e nas empresas de grande e pequeno porte. Um fato interessante é que as fraudes em pequenas entidades tiveram perdas próximas das grandes; obviamente que o impacto nas pequenas foi muito maior. Mas o tipo de fraude era diferente: nas grandes, a corrupção; esquemas de falsificação, roubo de dinheiro e outros estavam mais presentes nas pequenas entidades.
Após a ocorrência de fraudes, a principal medida foi a auditoria externa independente. Mas se já existia controles o valor era menor e a detecção mais rápida. Os fraudadores estavam com dificuldades financeiras, com problemas familiares, associação estreita com vendedor ou cliente, entre outros sintomas. Mas a maioria eram marinheiros de primeira viagem. Em 41% dos casos, o fato foi abafado, para evitar publicidade ruim.
Finalmente, a fonte principal da fraude foi no departamento de contabilidade, com quase 17% dos casos.
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