Em 1869, no jornal America do Sul, um leitor escreveu uma correspondência sobre a educação primária para as mulheres de uma escola particular comandada por uma senhora de nome Maria Julia e suas duas filhas. O leitor comenta sobre os resultados obtidos na escola e diz:
Onze meninas de 10 a 12 anos foram examinadas em leitura, contabilidade e doutrina, e foi grande a satisfação que tivemos em notar o adiantamento real delas nos estudos, graças ao systema de ensino escoimado do charlatanismo, tão comum entre nós (19 de dezembro de 2869, ano I, n. 43, p. 4, America do Sul) (como no original)
Este trecho chama a atenção das pessoas do século XXI por diversas razões. Primeiro, mostra a existência de escolas femininas no segundo império, com turmas pequenas de onze meninas. O segundo ponto, já comentado aqui nas postagens sobre história da contabilidade, é a presença do ensino da contabilidade na fase inicial da escolarização, juntamente com a leitura. Terceiro, a crítica ao ensino da época, com a presença de charlatães. O trecho “escoimado de charlatanismo” que dizer algo como “longe da picaretagem”
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