A Eletrobras divulgou um fato relevante na sexta-feira. A motivação foi a informação que a empresa estava depositando as demonstrações contábeis dos exercícios sociais de 2014 e 2015 na bolsa dos Estados Unidos.
O comunicado informa alguns valores diferentes daqueles registrados e divulgados pelas demonstrações contábeis para o usuário brasileiro. São aqueles resultantes de fatos e informações disponibilizadas recentemente. A empresa informa que, a exemplo da Petrobras, não tem condições de estimar os efeitos da corrupção e superfaturamento nos exercícios anteriores (“Assim, não há informações suficientes que permitam a Companhia determinar os períodos específicos, anteriores a 2014, em que superfaturamentos possam ter ocorrido e, consequentemente, os períodos das demonstrações financeiras que foram afetados”). Utiliza, inclusive, o IAS 16 e o IAS 8 para justificar esta decisão contábil. De maneira resumida as mudanças ocorridas nas demonstrações para a SEC poderiam afetar para mais o resultado do exercício de 2015 e para menos de 2014, em montantes razoavelmente próximos.
O comunicado é muitas vezes confuso, prolixo e ilegível. Por exemplo, “os relatórios de investigação independente reportam determinados superfaturamentos relacionados à propina e práticas de cartel, considerados ilegais no âmbito de alguns contratos de projetos investigados, os quais foram celebrados, desde 2008, com certos empreiteiros e fornecedores”. Ora, propina e cartel não são ilegais em alguns contratos, mas em todos.
16 outubro 2016
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