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15 junho 2016

Custo Perdido

O deputado Otavio Leite, do Rio de Janeiro, afirmou que a Petrobras irá necessitar de 5,3 bilhões de dólares para concluir o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, ou Comperj. A empresa já investiu até o momento 14 bilhões. Isto faz com que o orçamento total seja de 19,3 bilhões.

A informação do valor que falta para terminar a Comperj não é a mais relevante. Este número pode sugerir a falácia do custo perdido. O relevante é saber se este investimento necessário, de 5,3 bilhões, irá trazer retorno. É importante notar que a taxa de desconto da empresa está muito mais elevada do que no início do projeto. E que o mercado de petróleo piorou. Ou seja, existe uma grande chance do investimento adicional ser inviável.

Um comentário:

  1. Na engenharia e arquitetura vemos relatos de profissionais que alegam como o custo de uma obra pode mudar. A ciência por trás disso está relacionada a data e hora de entrega dos materiais essenciais para dar inicio a obra. Muitas vezes, falta: cimento, areia, água limpa, cabos e fios de aço. Nisso, dentro da obra, já há operários aguardando instruções para cada tarefa. E são muitas coisas diferentes que requerem aparelhos e equipamento diferentes. O cara que pinta a parede, por exemplo, tem que usar mascara e luvas especiais para que a tinta não afete a pele e os pulmões. Esse mesmo cara, o pintor, não pode ser a mesma pessoa que vai montar o esqueleto de um pilar. Ele precisa ser ágil e verificar a cada costura se o pilar vai aguentar receber o cimento e o peso da estrutura depois.
    Já existe há muitos anos arquitetos que programam a construção com materiais pré-moldados. Vou citar o brasileiro Lelé e o japonês Ando.
    Cada um cita que a obra pode ocorrer quatro anos mais rápido se o responsável pela obra utilizar materiais já existentes. São como peças de lego. E essas peças se encaixam e não exigem que trinta ou mais operários circulem no terreno da obra.
    Por ultimo, devo citar o valor das grandezas e das unidades. Uns usam metro, outros usam polegadas e há aqueles que gostam de complicar um pouquinho a mais.
    Enfim. A reportagem aborda uma situação repetitiva na área da construção. E os números que sempre são multiplicados a mais não são raros de ser ver.
    Parabéns pelo artigo.

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