O Estado de S Paulo revelou que o empréstimo de abril de 2015 da empresa Petrobras com o banco de desenvolvimento chinês CDB está condicionado a compra, pela empresa, de produtos chineses no valor correspondente a 60% do empréstimo. O jornal informa que a captação é vantajosa para empresa:
a Petrobrás encara a China como uma solução para, simultaneamente, ter acesso a crédito barato, mesmo sem o selo de grau de investimento (de boa pagadora) das agências de classificação de risco, e ainda comprar produtos mais baratos do que os da média do mercado.
O que estamos interessados é observar a evidenciação da empresa na operação. Os valores contratados podem superar a 10 bilhões de reais, expressivo, mesmo para uma empresa tão endividada como a Petrobras. Se o leitor buscar nas últimas informações que a empresa divulgou irá encontrar o seguinte na DFP apresenta à CVM:
A empresa informa que assinou um termo de compromisso em 2016, mas nada sobre os contratos passados. E que o acordo tem uma previsão de fornecer petróleo para empresas chineses, numa base similar ao acordo de 2009. Mas também não informa as bases da operação ou algo do tipo. Neste documento, na nota explicativa sobre empréstimo, existe um trecho sobre garantias, que comenta que existem instrumentos específicos de fomento com garantias reais lastreados nas exportações. Sem citar nenhuma informação específica.
No formulário de referência de 2015 a empresa destaca que o aumento de caixa deveu-se a um acordo com o banco chinês no valor de 5 bilhões, vencimento em cem anos. Também informa que a empresa contratou pré-pagamentos de exportação de cinco bilhões em meados de 2015, para dez anos. Mais adiante “detalha” as condições:
Nas notas explicativas do Formulário 20F a empresa informa:
E nada mais nas notas explicativas.
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