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16 março 2016

Resenha: Yes Please


Yes Please é um livro da comediante Amy Poehler que se consagrou nos programas Saturday Night Live (SNL) e Parks and Recreation, mas não é um livro de comédia. Nele você lerá histórias desde o início da carreira dela como comediante até a chegada ao SNL, a tentativa de ser uma “pessoa normal”, as preocupações que tem como mãe de dois meninos, as aleatoriedades que se passam em sua cabeça e criativas preocupações com inteligência artificial. É engraçado e a cara da comediante. Ninguém pode acusá-la de ter utilizado um ghost writer!

É difícil avaliar este livro, pois ele não tem uma característica específica que o define. Os gêneros utilizados variam de biografia e memória a autoajuda! E ela realmente é engraçada e traz pensamentos sobre sermos melhores e mais solidários. Frequentemente sofremos por coisas que não merecem a energia que empregamos.

O título do livro se refere a uma regra de improviso que diz que você sempre deve aceitar a situação que lhe é colocada e acrescentar algo a ela – “Sim, e...”. Essa também é uma boa regra para a vida, mas Poehler acrescenta o “por favor” para que haja educação e cuidado.

Nunca é agir muito emocionalmente
pedir o que você quer e precisa
Ela fala sobre ser mulher. Sobre não pedir desculpas por isso. Sobre não se apegar ao que esperam de nós -- como dar abraços, sorrir e ser educada. Ela fala sobre medos e forças A parte mais memorável dá dicas de como agir se alguém esta sendo grosso com você, abusando o poder, faltando com respeito: você deve chamar a atenção dele de uma forma óbvia. Diga: eu não sei por que você está sendo rude já que você é o recepcionista e essa é a parte do dia em que o recepcionista me ajuda. Você deve agir como se ele fosse um ator que esqueceu o papel que está representando. Além de fazer com que a atenção fique voltada para a pessoa, você tem um momento para se acalmar e não fazer algo bobo, tipo cair no choro ou quebrar os óculos estúpidos daquela pessoa.

Penso que se você consegue dançar
e ser livre e não envergonhada,
você pode comandar o mundo
É difícil publicar um livro assim após a fantástica obra da Tina Fey e talvez isso tenha me influenciado a não dar as cinco estrelas para a obra. Talvez umas três Também ouvi o livro da Rachel Dratch, da mesma safra SNL que Fey e Poehler. Os três são bons. Mas aqui fica a dica: ouça os audiolivros ao invés de ler os livros (tanto Fey quanto Poehler ganharam um audie). Como são narrados pelas autoras, que são atrizes e comediantes, fica melhor que o que está escrito no papel. Poehler ainda ousa em seu ebook ao chamar seus pais para participarem, ter um dos capítulos gravados em uma leitura pública do livro (antes do lançamento), além de contar com a participação de diversos amigos e celebridades, como Seth Meyers, Carol Burnett e até Patrick Stewart!

Vale a pena? Sim, se você gosta da atriz e do tipo de comédia que ela retrata. Se você tem certa intolerância para piadas inadequadas, este livro não é para você. Até o mais liberal vai ficar alerta em alguns momentos da narração. Se você é um fã inveterado do Saturday Night Live, compre sem pestanejar.

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