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05 março 2016

Queda na fraude

As fraudes nas empresas brasileiras despencaram nos últimos 24 meses. A fatia de companhias que se declararam vítimas de crimes econômicos caiu para menos da metade: era de 27% em 2014 e recuou para 12% em 2016, aponta a 8ª edição da pesquisa bianual sobre crimes econômicos da consultoria PwC.

(...) Segundo a pesquisa, a parcela de empresas afetadas por crimes econômicos no Brasil é uma das mais baixas entre os 115 países pesquisados e representa apenas um terço da média global obtida em 2016 (36%). Também está muito abaixo da média dos Brics, grupo de países formado por África do Sul, Brasil, China, Índia e Rússia (39%). A ocorrência de fraudes nas empresas brasileiras seguiu a tendência global de queda, porém de forma abrupta. A média das empresas que se declararam vítimas de crimes econômicos no mundo caiu, de 2014 para 2016, apenas um ponto porcentual. Na América Latina, a redução foi de sete pontos porcentuais e, no País, de 15.

(...) O estudo aponta três motivos para o recuo. O primeiro é o maior investimento das companhias em controles de prevenção de fraudes, especialmente depois da entrada em vigor da Lei Anticorrupção, em janeiro de 2014. (...) A segunda razão seria a insuficiência de controles para detectá-los. “É possível que a detecção tenha piorado, pois o crime se sofisticou”, diz Whitehead.(...) Por último, a onda de escândalos econômicos que afeta o País pode ter inibido temporariamente a ação dos fraudadores. (...)

“No Brasil, há um grande problema de valor”, afirma o sócio da PwC, Leonardo Lopes. Ele explica que as cifras são maiores aqui comparadas à média global, pois estão relacionadas com o perfil do fraudador. No Brasil, 87% dos fraudadores ocupam cargos de alta e média gerência, ante 51% da média global. (...)

Fonte: Estado de S Paulo

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