Numa atitude rara no mercado, o banco BTG Pactual divulgou as informações referentes ao exercício de 2015 no dia 19 de janeiro. Entretanto, a instituição financeira divulgou somente parte das informações e sem o parecer de auditoria.
Em novembro de 2015 o então principal executivo do banco foi preso na operação lava-jato. O envolvimento provocou um grande volume de saques dos clientes, colocando em risco a instituição. A gestão do BTG reagiu, vendendo ativos e obtendo recursos de fundo criado para as situações de crises nas instituições financeiras. O cronograma encontra-se a seguir:
O resultado divulgado apresentou basicamente os seguintes números (comparando o exercício findo em 31/12 com o findo em 30/setembro): aumento nas receitas de R$2,56 bilhões para R$3,52; redução no lucro de R$1,51 bilhão para R$1,23; e aumento no patrimônio líquido, de R$22,1 bilhões para R$22,5 bilhões. A instituição não apresentou o balanço, nem DFC ou DMPL e somente algumas contas da demonstração do resultado. O parecer de auditoria também não foi apresentado.
A principal razão para que uma grande instituição financeira apresente parcialmente algumas poucas informações contábeis é acalmar os clientes e financiadores. A diretoria, ao fazer esta divulgação, está reduzindo os possíveis boatos sobre a saúde financeira do BTG. É como estivesse dizendo: “sobrevivemos aos problemas”.
É obvio que a divulgação parcial pode gerar alguns problemas. A entidade não informou, por exemplo, quanto tem em caixa ou a distribuição do lucro. Pode, em certas circunstâncias, gerar dúvidas. Mas no caso do BTG o recado foi dado com bastante clareza.
Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário