O ajuste envolveu o Banco Central (BC) e afetou quatro bancos estatais, que também tiveram que corrigir seus balanços contábeis – BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco da Amazônia. O erro já havia sido identificado pelo BC, que em janeiro pediu aos bancos que refizessem os cálculos. Na Caixa a diferença foi de R$ 35,9 bilhões; no Banco do Brasil, R$ 8,1 bilhões; e no Banco da Amazônia, R$ 982 milhões.
De acordo com o BC, a confusão aconteceu em razão de má interpretação, por parte das instituições financeiras, sobre norma do Conselho Monetário Nacional (CNM) formalizada em 2013. A regra estabelece que os empréstimos do Tesouro deveriam constar como dívida, e não como parte do patrimônio líquido.
Não foi aplicada qualquer punição em decorrência do erro, uma vez que o BC entendeu que não houve má-fé dos bancos ou dos auditores independentes. Os técnicos do governo afirmam que o problema era apenas contábil, e não afetou a saúde financeira das instituições.
Em resposta à reportagem, o BNDES argumentou que adotava a fórmula anterior de cálculo porque era o entendimento vigente entre a instituição e seus auditores. O banco também reiterou que a mudança não teve impacto negativo sobre seu patrimônio.
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