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25 outubro 2015

História da Contabilidade: Falências e Fraudes nos anos 40 do século XIX


Quando um estabelecimento comercial não consegue mais pagar suas contas, as pessoas que acreditaram na entidade vão receber parte dos ativos existentes após a realização de uma liquidação. Isto já era um fato comum na história brasileira durante o império. Em 1846, por exemplo, Augusto Desahys promoveu um leilão referente aos bens de A. J. P. Guimarães, que incluía artigos como porcelanas, armas de fogo, móveis, pianos e outros bens. Na mesma época, João Luiz Gnibolf, procurador da massa falida de Antonio Pereira de Faria, também estava anunciando que era a única pessoa habilitada a tratar dos assuntos referentes aos ativos e passivos, avisando que iria observar “a escripturação dos livros” (1).

Com respeito a fraudes, estas parecem que sempre existiram. Um estudo deste tipo de problema e o papel da contabilidade ainda necessita ser feito no Brasil. No início do reinado de Dom Pedro II isto também ocorreu. Selecionei um caso que ocorreu nos anos 40, reproduzido a seguir (2):

Trata-se de uma diferença entre a contabilidade e o valor dos recursos existentes na tesouraria na área pública. A descrição do caso é bastante longa, mas envolvem emendas, rasuras, folhas soltas, afirmações desencontradas, além de conflito entre o judiciário e os outros poderes. Nada de novo e surpreendente.

(1) Ambas as notícias publicadas no mesmo dia no Diário do Rio de Janeiro, 7 de março de 1847, ed. XXV, n. 7.154, p. 4.
(2) O Lidador 26 mar de 1847, ed 162 p 2.

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