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21 agosto 2015

Feios

Minha colunista preferida do jornal Valor Econômico, Lucy Kellaway, escreve sobre o desaparecimento dos feios das empresas. Baseado numa evidência pessoal, quando foi dar uma palestra para funcionários de uma big four, Lucy diz que ninguém tinha pele com acne ou feições desagradáveis. Segundo Lucy, "aquelas pessoas haviam sido contratadas para auditar contas de empresas, uma tarefa que exige um entusiasmo incomum pelos GAAP  e não as maçãs do rosto salientes".

Para a colunista, isto denota que existe uma discriminação contra os feios. Outra explicação é que o mundo está ficando mais belo. As duas explicações são razoáveis, mas prefiro acreditar na segunda.

Nos dias de hoje é muito mais acessível produtos que ajudam no embelezamento. Além disto, as gerações mais novas nasceram e cresceram num mundo muito mais fácil, com amplas possibilidades de produtos saudáveis, academias, ambientes mais saudáveis, consultas médicas desde a infância e outras coisas.

Outro ponto não explorado pela colunista é o fato de que um emprego numa big four não é um emprego qualquer. Os candidatos são selecionados entre universitários, uma elite da população. A perspectiva de se tornar um partner é um atrativo suficiente para que muitos se candidatem e, aí sim ocorra a discriminação na escolha.

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