Segundo o Valor Econômico (TCU investiga "pedaladas" em contas da CAixa, 22 de abril de 2015, Murilo Camarotto), o TCU está investigando a contabilização indevida de mais de 700 milhões de contas que foram encerradas:
O relatório técnico preliminar aponta que a origem da irregularidade está na aprovação de normas internas da Caixa, entre 2009 e 2010. As resoluções autorizaram a movimentação dos recursos dentro da contabilidade. Segundo o banco informou ao TCU, os saldos das contas encerradas eram reclassificados para uma subconta do passivo, chamada "outros credores". Posteriormente, iam para a conta de resultado da instituição.
Durante o período de inspeção, a Caixa apresentou como "principal fundamento" para o reconhecimento desses valores como receita própria o fato de tratar-se de um "passivo contingente de exigibilidade remota", o que na prática significa tratar-se de um dinheiro que dificilmente será requerido por seus donos, especialmente pelo longo tempo de bloqueio das contas e as tentativas "infrutíferas" de localização dos titulares.
O TCU utilizou o conceito de receita para não aceita o procedimento da CEF. A empresa entende que estaria mantendo um passivo fictício e que apesar a contabilização, os valores estariam a disposição dos depositantes. Já o TCU defende que os recursos são do Tesouro Nacional, não do banco. E que a informação deveria ter sido mais transparente.
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