Um texto do Brasil Econômico provoca uma grande confusão:
Em depoimento prestado hoje (13) à Justiça Federal em Curitiba, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa (1), considerou o prejuízo de R$ 88,6 bilhões, estimado com as perdas por corrupção na Petrobras (2), como um "equívoco gigantesco" (3). Nos esclarecimentos prestados ao juiz federal Sérgio Moro, o ex-diretor afirmou que o pagamento de propina ocorria apenas (4) nos contratos das empreiteiras que faziam parte do cartel nos contratos com a estatal.
(...) O levantamento sobre o prejuízo foi feito por consultorias independentes e indicou que a Petrobras teria acumulado prejuízo de R$ 88,6 bilhões com os casos de corrupção (5). No entanto, o valor foi desprezado, porque a metodologia foi considerada inadequada. Após a divulgação do número, a ex-presidenta da estatal Graça Foster renunciou ao cargo.
(1) É bom lembrar que Costa foi uma indicação política. E que era diretor de abastecimento da empresa. Não era a área dele, portanto.
(2) Este é o ponto central da crítica desta postagem. Este valor é a diferença entre o valor justo e o valor contábil. Isto inclui também, mas não somente, o custo da corrupção. Assim, o valor não é "perda por corrupção".
(3) Não é um erro. Erro foi o entendimento errado de Costa.
(4) O fato de outros contratos não serem de conhecimento de Costa não significa que não estejam sujeitos aos problemas de corrupção. Num ambiente onde os diretores praticavam corrupção é bem provável de alguns subordinados também atuassem neste sentido.
(5) O jornalista também erra aqui.
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