Fato da Semana: A agência de classificação de risco de crédito Moody´s reduziu a nota da empresa Petrobras. Isto significa dizer que a empresa terá mais dificuldade de captar recursos, confirmando a percepção de que será necessário muito esforço para sair da atual situação. Este fato afetou o preço da ação da empresa, além de ter incentivado a discussão sobre a demonstração contábil do terceiro trimestre, que ainda não teve a assinatura do auditor. Também permanecem em aberto a questão do valor da propina e a baixa contábil decorrente.
Qual a relevância disto? É bem verdade que as agências de classificação de crédito são lentas e cometem muitos enganos. Também existe a acusação que a Moody´s não analisou adequadamente a situação da Petrobras, uma empresa com uma perspectiva na área operacional no mínimo regular. Talvez a Moody´s tivesse que esperar a apresentação das demonstrações contábeis.
Por outro lado, o mercado já sinalizava que a situação da Petrobras era ruim. O controlador permaneceu impassível durante muito tempo e quando agiu a alteração da direção não foi suficiente para reestabelecer à confiança. Além disto, deverá haver uma amortização, sendo que a direção anterior sinalizou um valor de 88 bilhões de reais e atual disse que este valor é excessivo e incorreto. Em suma, a situação da empresa é ruim e somente agora a Moody´s notou isto.
Qualquer que seja a opinião, a notícia da redução da nota trouxe uma série de questionamentos sobre a passividade da direção da empresa e as difíceis alternativas existentes.
Para a contabilidade é importante dizer que geralmente a nota das agências de ratings está vinculada a índices conhecidos, como endividamento. A situação da Petrobras é boa ou ruim? A resposta esta na demonstração contábil, mesmo que não tenha a assinatura do auditor.
Positivo ou Negativo – Negativo para a Petrobras, para outras empresas brasileiras que estão sofrendo a desconfiança de outros investidores e para o país, principal controlador da empresa.
Desdobramentos – Temos três grandes agências de ratings. Uma delas rebaixou a Petrobras. A questão é saber se as outras também seguirão na nesta direção. Arrisco a dizer que sim, já que as opções da Petrobras não são fáceis e a administração não parece preparada para enfrentar.
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